30/03/2025 Por Bárbara Alcantelado Rocha
30/03/2025 Por Bárbara Alcantelado Rocha
Sim, é seguro viajar para a Tailândia em 2025. O país é considerado um dos mais seguros do Sudeste Asiático, com crimes violentos sendo raros e turistas geralmente se sentindo tranquilos.
Os principais riscos envolvem furtos e golpes direcionados a viajantes, especialmente em áreas turísticas. Mas, com algumas precauções simples, dá para evitar qualquer dor de cabeça.
Atualmente moramos na Tailândia e já viajamos bastante pelo país, inclusive à noite, e nunca nos sentimos inseguros. Mulheres que viajam sozinhas também costumam relatar experiências positivas, já que os tailandeses são, em geral, bastante respeitosos.
Neste guia, reunimos tudo o que você precisa saber sobre segurança na Tailândia: quais são os golpes mais comuns, como evitar perrengues e dicas para curtir sua viagem com tranquilidade.

Como a Tailândia é classificada em segurança?

Avaliações globais colocam a Tailândia entre os países de risco moderado, com boa estabilidade interna, mas algumas preocupações em relação à segurança urbana.
O país está entre os 100 mais pacíficos do mundo e foi classificado diversas vezes como o país mais seguro do Sudeste Asiático, com poucos conflitos internos. No entanto, o índice de criminalidade varia entre as regiões, e furtos podem ocorrer em áreas movimentadas.
Apesar disso, a criminalidade violenta é extremamente baixa, especialmente quando comparada ao Brasil. Assaltos à mão armada são raros, e andar à noite costuma ser seguro, até mesmo para mulheres.
O maior risco para turistas está em furtos e golpes direcionados a viajantes, especialmente em áreas turísticas movimentadas, como mercados e transporte público.
Em rankings internacionais, a Tailândia aparece ligeiramente à frente dos Estados Unidos, mas ainda enfrenta desafios como golpes direcionados a turistas.
A recomendação oficial para turistas é de nível 1 (precauções normais). Para comparação, o Brasil recebe nível 2 (precaução aumentada) devido à criminalidade em algumas regiões, como favelas e áreas de fronteira.
Turistas estrangeiros geralmente se sentem seguros, mas viajantes LGBTQ+ e mochileiros podem ter experiências diferentes, dependendo da cidade visitada.
O turismo representa uma parte significativa da economia tailandesa, e isso faz com que o governo e a população tenham um grande incentivo para garantir a segurança dos visitantes.
Bangkok exige mais atenção à noite, especialmente em áreas turísticas, devido a furtos e pequenos golpes. Mas, no geral, a Tailândia é um destino onde os viajantes podem se sentir tranquilos.
Nossa experiência morando na Tailândia

Morar na Tailândia nos fez perceber, no dia a dia, o quão seguro o país realmente é. Em Chiang Mai, onde vivemos, a tranquilidade é algo que sempre nos chama atenção.
Somos crias do Rio de Janeiro, então já estamos acostumados a viver com o alerta ligado o tempo todo. No Brasil, é automático ficar de olho na bolsa, segurar o celular firme e olhar para os lados ao sacar dinheiro.
Mas aqui, isso simplesmente não é uma preocupação. A sensação de segurança na Tailândia é completamente diferente.
É comum ver pessoas deixando capacetes, mochilas, sacolas de compras e até malas no estacionamento enquanto entram no shopping ou no mercado – e ninguém mexe.

Já vimos motos paradas com capacetes caros no banco, sem nenhuma trava, e eles continuam lá quando o dono volta. Não acredita? Dá uma olhada nesse vídeo no nosso Instagram.
Também nunca precisamos olhar para trás ao sacar dinheiro ou segurar bolsa e celular com receio de roubo. Diferente do que acontece em muitos lugares no Brasil, aqui não há aquela tensão ao parar no semáforo ou ao caminhar sozinho à noite.
Outro ponto positivo é que os homens tailandeses são extremamente respeitosos. Nunca vimos casos de assédio ou situações em que mulheres se sentissem ameaçadas na rua ou no transporte público. Para quem viaja sozinha, essa é uma grande vantagem em relação a outros destinos.
A Tailândia tem, sim, seus desafios, como furtos em áreas turísticas e alguns golpes contra viajantes. Mas, no dia a dia, a sensação de segurança aqui é algo que realmente nos faz querer continuar morando no país – e já são quase três anos vivendo aqui.
Golpes e furtos
Furtos, como roubos de bolsas e celulares, podem acontecer em áreas turísticas e no transporte público. É sempre bom usar bolsas transversais e manter seus pertences à vista.
Golpes na Tailândia também são comuns, principalmente envolvendo táxis e tuk-tuks. Para evitar problemas, sempre exija que o taxista ligue o taxímetro e, no caso dos tuk-tuks, combine o preço antes de entrar.
Golpes comuns na Tailândia:

- Golpe do aluguel: Algumas empresas alegam que o turista causou danos à moto, carro ou jet ski alugado e só devolvem o passaporte após o pagamento. Nunca entregue seu passaporte como garantia.
- Golpe do bar: Você pede algumas bebidas e recebe uma conta absurdamente alta ou descobre um “cover” inesperado. Sempre confira os preços antes de consumir.
- Golpe do city tour: Motoristas de tuk-tuk oferecem passeios “baratos”, mas te levam para lojas turísticas onde ganham comissão. Se o preço estiver muito baixo, desconfie.
- Golpe do falso guia turístico: Esse é clássico em Bangkok. Aqui, o turista está indo visitar uma atração famosa (como o Palácio Real), mas um suposto “local simpático” se aproxima e diz que o local está fechado. Em seguida, sugere um passeio alternativo para outra atração. O problema? Esse passeio também inclui paradas em lojas superfaturadas, onde o golpista ganha comissão. Se alguém disser que um ponto turístico está fechado, não acredite sem antes checar por conta própria.
- Golpe do falso menu: Esse foi um golpe que já caímos por aqui! Fomos a um restaurante super recomendado e, quando a conta chegou, percebemos que a mesa ao lado – onde estavam tailandeses – tinha um menu diferente do nosso, com preços bem mais baixos. Pedimos para ver e confirmamos que havia um segundo menu só para turistas. Quando questionamos, eles ficaram sem graça e cobraram o valor correto, mas é um golpe comum. Para evitar, antes de pedir qualquer coisa, vale dar uma olhada no menu de outras mesas ou perguntar o preço para confirmar.
- Golpe das pedras preciosas: Tentam vender gemas falsas ou superfaturadas para turistas desavisados. Se não entende do assunto, melhor evitar.
O melhor jeito de evitar essas armadilhas é estar atento e desconfiar de qualquer oferta que pareça boa demais para ser verdade.
Além disso, a melhor forma de evitar golpes e problemas é estar bem informado antes de viajar. Saber o que esperar e reconhecer esses esquemas com antecedência pode poupar muito dinheiro e dor de cabeça.
Drogas e leis locais

A Tailândia tem leis severas sobre drogas.
Desde 2022, o país liberou o uso da maconha em espaços específicos, como lojas licenciadas e cafés especializados. Mas fumar em locais públicos ainda pode resultar em multa de 25.000 baht (cerca de R$3.500) ou até três meses de prisão.
Além disso, a venda e o consumo são proibidos para menores de 20 anos, grávidas e mulheres que estão amamentando, a menos que tenham uma autorização médica.
Outras drogas são totalmente proibidas, e as penalidades podem ser extremamente rígidas, incluindo prisão ou pena de morte. Se você testar positivo para uma droga de Categoria I ou II, como Yaba, cocaína, Ice ou ecstasy, pode enfrentar prisão de seis meses a três anos e/ou multa entre 10.000 e 60.000 baht.
O cultivo de maconha é permitido, mas é necessário registro no governo. Além disso, o mercado de dispensários é altamente regulado, e apenas empresas com propriedade majoritária tailandesa podem operar legalmente.
Respeito às leis e autoridades
Além das regras sobre drogas, desrespeitar autoridades ou se envolver em confusões pode trazer sérias consequências para turistas.
Participar de manifestações políticas, insultar figuras públicas ou mesmo levantar a voz para um policial pode resultar em multas pesadas, deportação ou até prisão. A recomendação é clara: evite qualquer tipo de problema com a lei e respeite as normas locais para garantir uma viagem tranquila.
Tráfico humano na Tailândia: mito ou realidade?

Nos últimos anos, surgiram relatos de brasileiros vítimas de tráfico humano no Sudeste Asiático, mas é importante entender o contexto e separar os boatos da realidade.
Em 2024, dois brasileiros, Luckas Viana dos Santos e Phelipe de Moura Ferreira, foram aliciados por falsas ofertas de emprego na Tailândia, mas, ao chegarem ao país, foram levados para Mianmar, onde foram mantidos em condições de trabalho forçado.
Segundo a CNN Brasil, as vítimas foram forçadas a aplicar golpes virtuais e sofreram violência física antes de conseguirem escapar com a ajuda de uma ONG local.
Mais recentemente, circulou um relato nas redes sociais sobre uma suposta tentativa de tráfico humano no aeroporto de Phuket, envolvendo uma companhia aérea e um casal de portugueses. O caso gerou alguma repercussão, mas não há qualquer evidência ou registro oficial que comprove a alegação.
O que isso significa para turistas na Tailândia?
O caso dos brasileiros não tem relação com turistas ou viajantes comuns. Eles foram alvos de um golpe específico, ligado a falsas promessas de emprego, que os levou para fora da Tailândia. Não há registros de turistas sendo vítimas desse tipo de esquema dentro do país.
No entanto, essa situação serve de alerta para quem recebe propostas de trabalho no exterior. Sempre desconfie de ofertas muito vantajosas, especialmente se vierem de contatos desconhecidos. Antes de aceitar qualquer proposta, pesquise sobre a empresa e consulte fontes oficiais.
A Tailândia segue sendo um destino seguro para turistas, mas a recomendação para qualquer viagem internacional é a mesma: mantenha-se informado e atento a possíveis golpes.
Segurança em atrações turísticas

Nem todas as praias na Tailândia possuem salva-vidas, e algumas atividades não são bem sinalizadas ou supervisionadas. Resorts e atrações turísticas também podem ter funcionários sem treinamento adequado para emergências.
Se você planeja explorar a natureza ou praticar esportes aquáticos, redobre a atenção e evite atividades mal regulamentadas.
Segurança em festas e eventos turísticos
Se tem uma coisa que a Tailândia sabe fazer bem, é festa! O Songkran (Ano Novo Tailandês) e a famosa Full Moon Party em Koh Phangan são experiências incríveis, mas também são alvos fáceis para furtos e golpes.
- Durante esses eventos, já houve casos de carteiras roubadas, passaportes extraviados e até algumas brigas.
- Dicas: Leve só o essencial, mantenha seus pertences por perto e, se beber, fique de olho na sua bebida.
Infraestrutura médica fora das grandes cidades
O atendimento médico de qualidade é fácil de encontrar em Bangkok e em cidades maiores, mas pode ser bem limitado em áreas rurais e ilhas. Se você pretende explorar locais mais remotos, um seguro de viagem com cobertura para evacuação médica é essencial.
Protestos e emergências
Protestos acontecem ocasionalmente, principalmente em Bangkok e nas proximidades de consulados e da Embaixada dos EUA. Apesar de geralmente pacíficos, é melhor evitar manifestações políticas.
No sul da Tailândia, há registros de conflitos violentos, e algumas áreas são desaconselhadas para turistas.
Em caso de emergência:
- Polícia local: 19
- Polícia de Turismo: 1155
- Contato da Embaixada do Brasil em Bangkok: +66 (0) 2-679 8567
Dicas para quem viaja sozinho(a)

Viajar sozinho pela Tailândia é super comum, e muitos mochileiros aproveitam essa experiência para conhecer novas pessoas pelo caminho.
Se você quer socializar, é fácil fazer amizades em hostels, passeios guiados ou até em um café.
Agora, se preferir mais estrutura, pode optar por um tour em grupo, onde terá liberdade para explorar sozinho, mas também companhia quando quiser.
Uma das melhores partes de viajar solo é a conexão com outros viajantes. No meu grupo, por exemplo, no terceiro dia já estávamos trocando confidências como se nos conhecêssemos há anos!
Mas, além da parte social, algumas precauções ajudam a evitar perrengues. Antes de viajar, memorize parte do seu roteiro, salve os endereços dos hotéis no celular e compartilhe sua localização com alguém de confiança.
Ter um power bank, um cadeado para a mala e até um alarme pessoal pode trazer mais tranquilidade – e, na maioria das vezes, você nem vai precisar usar nada disso.
Também vale se cadastrar no STEP (Smart Traveler Enrollment Program) para receber alertas de segurança e usar apps como bSafe (Android/iOS), que permitem compartilhar sua localização em tempo real e ativar alertas de emergência.
No fim das contas, viajar sozinho pela Tailândia pode ser uma experiência transformadora. Com um pouco de planejamento e bom senso, é possível aproveitar ao máximo, conhecer gente incrível e se sentir seguro durante toda a viagem.
Áreas que exigem mais atenção
A Tailândia é, sim, um país seguro, mas tem algumas áreas que exigem um pouco mais de cuidado.
- Sul do país (Narathiwat, Pattani, Songkhla e Yala): Histórico de conflitos separatistas e ataques ocasionais. O governo impõe toques de recolher e revistas nesses locais.
- Fronteira com Mianmar (Mae Hong Son e Tak): Conflitos entre forças do governo e traficantes podem tornar a área instável. Algumas travessias são fechadas sem aviso.
Dica: Se estiver planejando visitar essas regiões, fique atento às atualizações de segurança.
Segurança no transporte: táxis, ônibus e motos

Os táxis na Tailândia costumam ser seguros, mas é bom tomar alguns cuidados:
- Confira o taxímetro: Ele deve iniciar em 35 baht. Se o motorista se recusar a ligá-lo, procure outro táxi.
- Evite táxis do aeroporto: Prefira transporte público na área oficial de embarque, serviços de limusine ou transfers do hotel.
- Seja direto: Informe seu destino claramente e evite conversas desnecessárias com o motorista.
- Para mulheres viajando sozinhas: Pode ser mais confortável pedir ao hotel recomendações de motoristas mulheres.
- Discussões sobre tarifas com motoristas de táxi e tuk-tuks podem gerar intimidação ou ameaças. Se se sentir inseguro, procure a polícia local.
Tuk-tuks são um clássico da Tailândia, mas fique atento:
- O preço deve ser negociado antes de entrar. A tarifa base é 50 baht, mas, se o valor parecer muito baixo, o motorista pode te levar para lojas onde ganha comissão.
- Se ele insistir em te levar para outro lugar que você não pediu, recuse e procure outro transporte.
Ônibus noturnos são populares para longas distâncias, mas leve seus pertences de valor na bagagem de mão. Já houve casos de mochilas sendo abertas no bagageiro inferior.
Agora, sobre motos: todo mundo quer alugar uma scooter para rodar pelas ilhas, mas é bom lembrar que:
- Os tailandeses dirigem na mão inglesa, o que pode ser confuso para quem não está acostumado.
- O trânsito pode ser caótico e perigoso, com muitos acidentes envolvendo turistas.
- Se você nunca pilotou uma moto antes, a Tailândia talvez não seja o melhor lugar para começar.
Hidrate-se e proteja-se do sol

O calor na Tailândia é intenso, então manter-se hidratado é essencial. Assim que chegar ao seu destino, passe em uma loja de conveniência e compre algumas garrafas de água – além de seguro, é muito mais barato do que usar o frigobar do hotel.
Sobre a água da torneira, a recomendação geral é evitar o consumo direto. Prefira sempre água engarrafada ou utilize um filtro portátil.
Já o gelo costuma ser feito com água purificada, então pode ser consumido sem grandes preocupações.
Se não tiver certeza sobre a procedência da água, melhor evitar
E não subestime o sol tailandês! Ele é forte o ano todo, então o protetor solar deve ser seu melhor amigo – a menos que você esteja pegando uma monção, aí pode dar um tempo!
É seguro viajar para a Tailândia?
Resumindo: sim, a Tailândia é um país seguro para viajantes, incluindo viajantes solo mulheres.
O país recebe milhões de turistas todos os anos, tem uma infraestrutura bem desenvolvida para turismo e os tailandeses, em geral, são acolhedores e respeitosos.
Independentemente do seu roteiro, ter um seguro viagem é essencial. Além de cobrir problemas de saúde e furtos, ele pode garantir assistência em caso de emergências médicas e transporte para um hospital melhor equipado.
Melhor prevenir do que remediar!
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