O que fazer em Marrakech: 15 lugares testados, aprovados (ou dispensáveis)

Durante o o pôr do sol, vista aérea de pessoas caminhando em praça repleta de barraquinhas em Marrakech
08/04/2025 Bárbara Rocha Alcantelado

Já estive em Marrakech três vezes — e posso dizer sem exagero: é uma cidade que sempre me chama de volta. O contraste entre o caos das ruas e o silêncio dos riads, os cheiros das especiarias, a arquitetura que mistura o sagrado com o cotidiano… tudo tem um ritmo próprio que conquista.

Se você está se perguntando o que fazer em Marrakech, saiba que a lista é extensa — e maravilhosa. Tem os souks, claro, com seu labirinto vibrante de cores e texturas. Mas também tem palácios cheios de história, jardins escondidos, rooftops com chá de menta e jantares que duram horas.

Neste guia, reuni os lugares, sabores e experiências que mais me marcaram em cada visita. É pra quem quer viver a cidade a fundo — entre o tradicional e o contemporâneo, sem pressa.

Pode pegar seu caderninho de viagem, sim — mas deixa espaço de sobra. Marrakech não cabe em poucas páginas.

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O que fazer em Marrakech: principais atrações (resumo rápido)

Durante o dia mercado de especiarias com várias plantas, temperos e comidas
Foto de zakariae daoui na Unsplash
  1. Praça Jemaa el-Fna – O centro da cidade e da confusão (no bom sentido).

  2. Medina – Labirinto de lojas, palácios e surpresas.

  3. Souks – Um passeio, uma negociação, um teste de paciência e estilo.

  4. Mesquita Koutoubia – O minarete que serve de bússola na cidade.

  5. Palácio Bahia – Azulejos, pátios e um respiro silencioso no meio do caos.

  6. Túmulos Saadianos – Uma surpresa mais interessante do que o nome sugere.

  7. Jardim Majorelle – Verde, azul e muita foto.

  8. Museu de Marrakech – Arquitetura linda e acervo básico, mas relevante.

  9. Museu de Fotografia – Pequeno, tranquilo e com um dos melhores terraços.

  10. Mellah (bairro judeu) – Um pedaço diferente e cheio de história.

  11. Jardins Menara – Espaço amplo, oliveiras e uma vista bonita (se o tempo ajudar).

  12. Hammam marroquino – Um banho cultural com vapor, esfoliação e chá depois.

  13. Curtumes – Couro, cheiro forte e uma cena que parece de outro século.

  14. Montanhas do Atlas / Deserto de Agafay – Pra sair da cidade sem sair do Marrocos.

  15. Bate-volta para Essaouira – Muralhas, mar e uma pausa com brisa.

Logo abaixo, você confere os detalhes de cada uma dessas experiências — com opinião, dicas e tudo que eu gostaria de ter lido antes da minha primeira vez na cidade.

Passeios e atividades imperdíveis em Marrakech

1. Praça Jemaa el-Fna

Em dia de sol, encantadores de serpente com tapetes e pessoas no fundo
Foto de Raúl Cacho Oses na Unsplash

Se tem um lugar que precisa estar no seu roteiro de Marrakech, é a Praça Jemaa el-Fna. É ali que a cidade acontece: de manhã até tarde da noite, sempre cheia, sempre vibrando.

A Jemaa el-Fna não é só um ponto turístico. Ela é Marrakech em estado bruto. E vale cada minuto.

Durante o dia, a praça é tomada por encantadores de serpente, músicos, contadores de histórias e barracas vendendo de tudo um pouco. Pode ser caótico, pode ser intenso, mas é também fascinante. Sim, você vai ser abordado por vendedores. Sim, faz parte. Respira e vai.

Com o calor, um suco de laranja gelado nas barraquinhas salva vidas. E conforme o sol vai baixando, a praça muda de ritmo: chegam as barracas de comida, os cheiros tomam conta do ar e a música ao vivo dá um novo tom ao lugar.

Se quiser observar tudo de longe, sobe pra um dos restaurantes com terraço ao redor da praça. Ver o movimento lá de cima, com o sol se pondo e as luzes acendendo, é uma experiência à parte — mais silenciosa, mas igualmente marcante.

2. Medina de Marrakech

Durante o fim de tarde, vista panorâmica de praça movimentada com pessoas, barracas e casas em volta
Foto de gemmmm na Unsplash

A Medina é o centro antigo da cidade — e provavelmente onde você vai passar a maior parte do tempo.

É onde ficam os principais pontos turísticos, os mercados (souks), os palácios, as mesquitas, as lojas e quase tudo que vale explorar.

Ela é confusa, cheia, barulhenta, e sim, você vai se perder mais de uma vez. Mas é exatamente assim que você descobre os melhores lugares.

Cada canto tem seu comércio específico: couro, tintura, cerâmica, especiarias, tecidos. As ruas são estreitas, cheias de gente, motos passando no meio e vendedores te chamando o tempo todo. Pode cansar, mas também pode render descobertas incríveis.

Entre um souk e outro, você dá de cara com lugares como o Palácio Bahia, o El Badi, a Mesquita Koutoubia e, se quiser um momento de calma, os Jardins de Majorelle. Tudo ali por perto.

E se estiver com tempo, vale experimentar alguma tradição local — os antigos hammams, por exemplo, estão espalhados pela medina. É um jeito de mergulhar no cotidiano marroquino, literalmente.

A Medina não é bonita no sentido clássico. Mas ela é real. E é onde a cidade acontece de verdade.

3. Souks e compras (Souk Semmarine e outros)

Em dia de sol, interior de um souk com pessoas, pinturas e decorações
Foto de Esteban Palacios Blanco na Unsplash

 

Visitar os souks de Marrakech é mais do que ir às compras — é entrar num labirinto vivo de cheiros, cores e negociações. E spoiler: difícil sair sem sacola ou sem perder a paciência.

O mais famoso é o Souk Semmarine, que começa perto da Praça Jemaa el-Fna e leva a um emaranhado de ruelas temáticas: couro, cerâmica, tinturaria, luminárias, tecidos. Se for decorativo e tiver padrão geométrico, tá lá.

Negociar faz parte da experiência — então esquece preço fixo. Os vendedores são insistentes e você vai ouvir “good price, good price” mais vezes do que gostaria. Descontos de até 50% são comuns. Barganhar não é grosseria — é o esperado. Vá com tempo, dinheiro vivo e preparo emocional.

Dica prática: marque o ponto de entrada no Google Maps ou tire uma foto da loja da esquina. Sair dali sem um plano é quase uma missão espiritual.

4. Mesquita Koutoubia

Em dia de sol, vista panorâmica da cidade com monumento no meio, árvores em volta e montanhas no fundo
Foto de Paul Macallan na Unsplash

A Mesquita Koutoubia fica colada à Praça Jemaa el-Fna e é um dos pontos mais marcantes de Marrakech — mesmo que você não entre nela. O interior é exclusivo para muçulmanos, mas o que dá pra ver de fora já impressiona.

O minarete tem 77 metros e aparece de vários pontos da cidade. Você vai notar que ele sempre reaparece — por cima dos telhados, no meio das ruelas, no fim de alguma caminhada. Funciona quase como uma bússola visual.

Ao redor, tem um jardim tranquilo onde dá pra sentar, descansar, observar o movimento e aproveitar o fim da tarde. O pôr do sol por ali é simples, bonito e silencioso — coisa rara na cidade.

E se quiser aproveitar pra comprar lembrancinhas, as lojinhas da região costumam ser mais tranquilas do que os souks da Medina. Bons preços, menos gritaria, e bastante opção feita por artesãos locais.

5. Palácio Bahia

Em dia de sol, palácio com fontes no meio e árvores em volta
Foto de Abdelhamid Azoui na Unsplash

O Palácio Bahia é uma das construções mais impressionantes de Marrakech. Foi erguido no final do século XIX, ao longo de 14 anos, e hoje é um dos melhores exemplos da arquitetura marroquina tradicional ainda de pé.

O espaço tem mais de 150 quartos, mas só uma parte está aberta à visitação. Ainda assim, vale muito a pena. O destaque é o Grand Riad, a parte mais antiga do palácio, com seus mosaicos, fontes, detalhes em madeira esculpida e uma luz bonita que entra pelos pátios.

A visita é tranquila, sem grandes filas, e te dá tempo de andar com calma pelos corredores e jardins internos. É um lugar silencioso, bonito sem exagero, e com aquele clima de quem já viu muita coisa passar.

Fica na própria Medina, a uns 15 minutos a pé da Praça Jemaa el-Fna, perto do portão Bab Agnaou — então dá pra encaixar fácil no roteiro de quem já estiver explorando a região a pé.

  • Preço: 70 Dhs (7 USD) 
  • Horário de funcionamento: Diariamente, das 08:00 às 17:00.

6. Túmulos Saadianos

Tumbas históricas em mausoléu ornamentado
Foto de Jean Carlo Emer na Unsplash

Confesso: quando ouvi falar dos Túmulos Saadianos, achei que seria só uma passadinha rápida. Mas o lugar tem um silêncio curioso e um nível de detalhe que faz você ficar mais tempo do que imaginava.

Eles abrigam os restos mortais do sultão Ahmad al-Mansur e parte da família real da dinastia Saadiana. A parte mais impressionante é o mausoléu principal, com mármore esculpido, teto trabalhado, madeira entalhada e mosaicos lindíssimos. É o tipo de lugar que te ganha no detalhe — e na pausa.

São dois mausoléus abertos à visitação, e mesmo com o espaço pequeno, o acabamento e o clima do lugar tornam a experiência bem mais marcante do que parece à primeira vista.

Tem também uma história curiosa: no século XVII, o sultão Moulay Ismail mandou demolir vários prédios, mas os túmulos foram poupados — ficaram escondidos por séculos, com acesso apenas por um corredor atrás da Mesquita Koutoubia, até serem redescobertos no século XX.

Não é o tipo de atração que todo mundo corre pra ver — mas devia.

  • Preço: 70 Dhs (7 USD) 
  • Horário de funcionamento: diariamente das 09:00 às 17:00.

7. Jardins Majorelle + Museu Berbere

Em dia de sol, fachada de uma construção azul com plantas e árvores em volta
Foto de Edward Hart na Unsplash

O Jardim Majorelle é um dos lugares mais famosos (e mais fotografados) de Marrakech. 

Criado nos anos 1920 pelo artista francês Jacques Majorelle e restaurado mais tarde por Yves Saint Laurent, o espaço é pequeno, super bem cuidado e cheio de verde, azul e detalhes de design.

É um jardim botânico, com uma mistura linda de cactos, palmeiras, bambus e plantas tropicais, espalhados entre fontes, caminhos e o famoso azul Majorelle, que aparece em praticamente tudo.

 Também tem o Museu Berbere, uma lojinha estilosa e estrutura boa, com café, banheiros e sombra — o que em Marrakech já conta muitos pontos.

A visita é rápida e muito visual. O que mais gostei foi o cuidado com os detalhes e o contraste com o caos da cidade. Mas vale ir sabendo que é concorrido, tem fila e ingresso mais caro que a média. Não espere calmaria nem aquela sensação de descoberta.

Se puder, vá pela manhã — o lugar enche rápido. E se você curte paisagismo, design e cores, entra fácil no roteiro. Eu incluiria.

  • Preço: O ingresso para o jardim custa 150 Dhs (cerca de 15 USD) e deve ser comprado antecipadamente pelo site do Majorelle
  • Horário de funcionamento: diariamente, das 8h às 18h30. Vá o mais cedo possível para evitar multidões e tirar as melhores fotos!

8. Museu de Marrakech

Pátio ornamentado tradicional de Marrocos com fonte, cristaleira, e peças decorativas
Anton Zelenov, CC BY SA 3.0

O Museu Marrakech já foi um dos palácios mais importantes do país — e essa é a parte que mais vale a visita. O prédio é lindíssimo, cheio de detalhes arquitetônicos, com aquele pátio central que faz qualquer um parar por uns minutos só pra olhar pra cima.

O acervo em si é mais simples: algumas armas, cerâmicas, tapetes, móveis e uma ou outra sala com arte contemporânea. Não espere uma mega curadoria ou algo muito profundo, mas sim um recorte visual da cultura local.

Tem também um antigo hammam preservado, que dá uma ideia de como funcionava a estrutura tradicional de banhos no país. É uma parte interessante do passeio, principalmente se for a sua primeira vez por lá.

No fim das contas, o museu talvez não seja o mais impactante do ponto de vista de conteúdo, mas o espaço em si — pela arquitetura, pelo silêncio e pela luz que entra pelos arcos — já vale a caminhada até lá.

  • Preço: 70 Dhs (7 USD) 
  • Horário de funcionamento: todos os dias, das 09:00 às 12:00 e das 15:00 às 18:00.

9. Museu de Fotografia

Interior do museu de fotografia com árvores no meio e vasos ornamentais
DRAGANCESTIC, CC BY SA 4.0

O Museu de Fotografia de Marrakech é pequeno, calmo e fácil de visitar. O acervo foca em imagens antigas da cidade e da vida marroquina ao longo do tempo — incluindo retratos de comunidades berbere e judaica.

A organização é simples, e o prédio tem aquele formato de riad, com andares em volta de um pátio.

Se você gosta de fotografia ou tem curiosidade sobre o passado da cidade, vale a passada. Não espere nada muito interativo ou moderno — são fotos antigas bem selecionadas e legendadas, espalhadas por três andares.

Um dos pontos altos é o terraço: além da vista bonita da medina, tem um café tranquilo, bom pra fazer uma pausa. Muita gente sai de lá achando que o espaço e o clima do lugar importam tanto quanto o conteúdo — e faz sentido.

Eu achei uma boa parada entre as atrações mais intensas da cidade. Simples, mas com alma.

  • Preço: custa 50 Dhs (cerca de 5 USD) (gratuito menos de 15 anos).
  • Horário de funcionamento: diariamente das 09:30 até 19:00.

10. Mellah e Sinagoga Salat Alzama

Em dia de sol, interior de um riad com árvores,vasos decorativos, detalhes em azul e dourado
TomiValny, CC BY SA 4.0

O Mellah é o antigo bairro judeu de Marrakech. E andar por lá é diferente do resto da medina: o ritmo muda, o comércio é outro, a atmosfera também. Não é o ponto mais visitado da cidade, mas justamente por isso, vale o desvio.

A principal referência é a Sinagoga Salat Alzama, discreta por fora, mas cheia de detalhes por dentro. A arquitetura é simples e bonita, e algumas exposições fotográficas ajudam a entender o passado da comunidade judaica ali — que teve papel importante na história da cidade.

Pelas ruas ao redor, dá pra sentir traços dessa presença: nos comércios, na comida, nos costumes. Você pode parar pra comer algo diferente, comprar uma lembrança sem gritaria ou simplesmente andar observando sem pressa. Não é um lugar cenográfico — é um pedaço da cidade que carrega outras camadas.

Se você gosta de conhecer um destino além dos pontos óbvios, vale incluir o Mellah no roteiro com tempo e curiosidade.

11. Jardins Menara

Em final de tarde, fachada de uma construção em frente a um canal com árvores em volta
CC BY 3

Os Jardins Menara são um parque histórico do século 16, com um grande lago central, oliveiras por todos os lados e um pavilhão tradicional. A entrada é gratuita e o lugar é bom pra descansar, caminhar ou fazer um piquenique.

O destaque real é a vista das Montanhas Atlas, que só aparece nos dias de céu limpo. Quando o tempo ajuda, o cenário fica lindo. Quando não, confesso que achei meio sem graça — não tem muito o que fazer ali além de andar ou sentar um pouco.

O pavilhão pode ser visitado por dentro (pagando), mas basicamente serve pra ver o lago de outro ângulo. Se você estiver por perto e o tempo estiver bom, entra fácil no roteiro. Se não, dá pra deixar pra uma próxima.

  • Preço: gratuito.
  • Horário de funcionamento: diariamente, das 9:00 às 17:00 horas.

12. Hammam marroquino (luxo e local)

Interior de um lugar onde fazer hammam com velas, banheira e camas
Foto divulgação Get your Guide

O hammam é um banho tradicional marroquino, tipo um spa à moda antiga, que faz parte da cultura local há séculos. 

A lógica é simples: vapor quente, esfoliação com luva e sabonete preto (o sabon beldi), enxágue e hidratação. É um ritual de limpeza e relaxamento — e também de convivência, pros marroquinos.

Você pode viver essa experiência de dois jeitos. 

Se quiser algo mais tranquilo, com estrutura de spa, atendimento personalizado e tudo incluído, vá em um hammam de luxo. 

Alguns dos mais recomendados são o Les Bains d’Orient, a Les Bains de Marrakech, a Hammam & Massage e a Hammam de la Rose. O preço é mais alto, mas o serviço costuma ser excelente — eu fiz e saí nova.

Agora, se a ideia é mergulhar de verdade na cultura local, também dá pra ir em um hammam tradicional. Nesse caso, o esquema é outro: você compra o sabão e a luva antes, leva seu balde e provavelmente vai precisar de algumas mímicas pra se virar. 

O Hammam Mouassine é uma boa opção pra quem quer esse tipo de experiência, mas sem abrir mão de um atendimento mais acessível (inclusive em inglês) e um ambiente limpo e seguro.

Os dois estilos valem a pena — depende só de como você quer viver esse momento.

13. Curtumes de Marrakech

Em dia de sol, pessoas fazendo tapetes em tonéis em um curtume de Marrakech
Foto de Johannes Pokorn na Unsplash

Os curtumes de Marrakech são onde o couro cru vira bolsa, jaqueta, sandália e tudo que você vê nas lojinhas da cidade. É um trabalho manual tradicional, e visitar os curtumes é como entrar em uma cena que parece não ter mudado em séculos.

Eles ficam na parte nordeste da medina, e o caminho até lá já te dá pistas de que tá chegando: o cheiro forte de peles em processo de curtimento é real. Em alguns lugares, te oferecem um raminho de hortelã pra aliviar — funciona mais como ritual do que como solução.

Lá de cima, dos terraços das lojinhas ao redor, dá pra ver os tanques com tintas naturais, os trabalhadores mergulhados no processo e a estrutura toda funcionando.

É impactante — e nem todo mundo curte. Mas se você tem interesse em ver algo realmente tradicional e fora do circuito mais confortável, vale a passada.

Dica importante: espere ser abordado por gente querendo te levar “pra ver melhor”. Combine o valor antes ou vá já sabendo que vai rolar pedido de gorjeta. Faz parte do jogo por ali.

14. Montanhas do Atlas ou deserto de Agafay

Durante a noite, jantar em deserto com velas, fogueira, mesa posta, camelos e cadeiras com pelego
Foto divulgação Get your Guide

Se der tempo de sair de Marrakech por um dia, vale considerar um bate e volta até as Montanhas do Atlas ou o Deserto de Agafay. São dois estilos bem diferentes de passeio, mas os dois funcionam como um respiro do ritmo intenso da cidade.

O passeio até as Montanhas do Atlas costuma durar o dia inteiro e inclui paisagens impressionantes, algumas trilhas fáceis e um almoço típico na casa de uma família berbere. Dependendo da rota, pode rolar parada em cooperativa de óleo de argan (ok, meio batido, mas interessante se for sua primeira vez). É bonito, é autêntico, e a estrada já vale a viagem.

O deserto de Agafay é mais perto e tem outro foco: clima de experiência. O mais comum é fazer um jantar por lá, em tendas estilo beduíno, com fogueira, comida típica, talvez música ao vivo e até um passeio de camelo no entardecer. Tudo montado pra encantar — e, se o céu estiver limpo, funciona mesmo.

Se tiver que escolher, vai depender do seu tempo e vibe: Atlas é natureza e cotidiano, Agafay é cenário e experiência.

15. Bate-volta para Essaouira

Em dia de sol, pessoas andando em areia de praia. Ao fundo, mar
Foto de Elodie LO VAN na Unsplash

Essaouira tem uma vibe bem diferente de Marrakech: clima mais fresco, menos buzina, mais mar. A cidade convida a andar devagar — pelas muralhas, pela medina, pelo porto. É tudo mais tranquilo, mais horizontal.

Dá pra fazer um bate-volta (são 2h40 de estrada), mas sinceramente? Eu recomendo dormir por lá pelo menos uma noite. Tem bons restaurantes, cafés à beira-mar, lojinhas charmosas e um ritmo que dá vontade de desacelerar.

Depois de dias no caos bom de Marrakech, cair aqui é um respiro. E um respiro com peixe fresco no prato, o que sempre ajuda.

Dica: Os frutos do mar são o destaque. No porto ou nos restaurantes mais ajeitados, é difícil errar — tudo fresco, direto da rede pra grelha.

Sugestões de passeio:

  • Excursão básica: sai de Marrakech às 8h da manhã, com transporte até Essaouira e volta no fim do dia. Você explora a cidade por conta própria, com cerca de 6 horas livres.

  • Excursão com guia: mesma dinâmica de horários, mas com acompanhamento de um guia que te leva aos pontos principais, explica o contexto histórico e ainda sugere onde comer e comprar.

Onde se hospedar em Marrakech

Em dia de sol, pátio de um riad com piscina, vasos plantas ornamentais e cadeiras de madeira
Foto divulgação Riad Maison Belbaraka

Depois de andar pela medina, barganhar nos souks e se perder (no bom sentido), tudo o que você vai querer é um lugar tranquilo pra voltar. E não faltam boas opções.

A maioria dos viajantes escolhe se hospedar dentro ou nos arredores da medina histórica — o que faz sentido. Ficar perto das principais atrações facilita a vida e ajuda a aproveitar melhor o tempo.

A gente preparou um guia completo com 20 riads escolhidos a dedo pra você encontrar o seu. Mas se quiser ir direto ao ponto, aqui vão alguns que testamos ou que têm ótimas avaliações:

Melhores riads em Marrakech

  • Riad Maison Belbaraka: Pequeno, charmoso e com atendimento excelente. A piscina no pátio é um bônus.
  • Riad Palais Sebban: Um riad-palácio com decoração rica e spa completo. Inclui até massagem de boas-vindas.
  • Riad Tamazouzt: Simples, confortável, bem localizado e com um terraço gostoso pra relaxar.

Melhores hotéis em Marrakech

  • Hôtel Racine: Bem estruturado, com piscina, café da manhã caprichado e quartos confortáveis.
  • Hotel Atlas: Quartos amplos, decoração com plantas e terraço com vista.

Melhores riads em Marrakech

Onde comer em Marrakech: dicas de restaurantes

Mesa com comidas tradicionais da culinária marroquina e pratos de barro
Foto de Colin + Meg na Unsplash

A comida marroquina é cheia de contraste e sabor, e Marrakech tem opções pra todos os estilos — dos restaurantes mais elaborados aos cafés mais simples. Aqui vão alguns que valem a visita:

  • Le Trou Au Mur: Fica na medina e serve pratos marroquinos tradicionais com um toque mais sofisticado. Bom atendimento e vista legal. 
  • Nomad: Um dos queridinhos da cidade. Comida marroquina com releitura moderna, ingredientes locais e um terraço ótimo.
  • Naranj Libanese: Restaurante libanês elogiado pelos ingredientes frescos e pratos bem servidos. Uma boa pausa do tagine.
  • Bazaar Cafe: Clima informal e menu árabe-mediterrâneo. O combo do dia vale a pena (entrada + prato + sobremesa por cerca de 95 MAD).
  • Grand Café de la Poste: Clássico com decoração colonial. Serve pratos franceses e tem ambiente mais formal.
  • Café des Épices: Café descolado com vista da Place des Épices. Bom pra café da manhã ou pausa à tarde.
  • Medina Burger: Hambúrguer com tempero local. Pra quando bater aquela vontade de algo familiar.
  • Mazel Cafe: Bem perto do Palácio Bahia. Fresco, bem feito e com boas opções leves.

Importante: O álcool é restrito em Marrakech. Muitos restaurantes não servem — então vale checar antes, se for o caso.

Roteiro sugerido: 4 dias em Marrakech

Em dia de sol, mercado com pessoas, chapéus, bolsas, árvores e casas atrás
Foto de Abdelhamid Azoui na Unsplash

Se quiser condensar o melhor de Marrakech em quatro dias, aqui vai uma sugestão de ordem — com tempo pra ver, comer e respirar sem pressa:

Dia 1 – Medina, Praça Jemaa el-Fna, Palácio Bahia e souks

  • Manhã: Comece pela Praça Jemaa el-Fna pra sentir o ritmo da cidade logo de cara. Em seguida, vá ao Palácio Bahia — arquitetura linda e mais vazio nesse horário.
  • Tarde: Caminhe pela medina sem roteiro rígido. Entre e saia das vielas. Vale parar no Museu de Marrakech se quiser um respiro com sombra.
  • Noite: Suba pra um rooftop ao redor da Jemaa el-Fna. Ver o movimento lá de cima, com o sol se pondo e a praça acendendo, fecha bem o dia.

Dia 2 – Mesquita Koutoubia, Túmulos Saadianos e museus

  • Manhã: Comece pela Mesquita Koutoubia (do lado da praça), depois vá aos Túmulos Saadianos — pequenos, bonitos, rápidos.
  • Tarde: Escolha um museu: o Museu de Fotografia tem uma ótima vista e um café tranquilo.
  • Noite: Chá de menta em algum terraço mais escondido. Use esse tempo pra descansar os ouvidos da medina.

Dia 3 – Jardim Majorelle, Jardins Menara e hammam

  • Manhã: Vá cedo ao Jardim Majorelle (compre ingresso antecipado). A visita é curta, mas visualmente linda.
  • Tarde: Se o dia estiver aberto, visite os Jardins Menara — o destaque é a vista das Montanhas Atlas. Se o tempo estiver fechado, pode pular.
  • Noite: Experimente um hammam — tradicional ou de luxo. Sai renovado e pronto pra mais caminhada.

Dia 4 – Bate-volta para o Deserto de Agafay ou Essaouira

  • Manhã até fim da tarde: Escolha entre:
    • Deserto de Agafay: acampamento com piscina, chá, passeio de camelo e jantar sob as estrelas.
    • Essaouira: cidade costeira com vibe tranquila, medina murada, porto e peixe fresco. A estrada leva cerca de 2h40.
  • Noite: Se for Agafay, você volta com o céu estrelado na cabeça. Se for Essaouira e conseguir dormir lá, melhor ainda.
Durante a noite, mercado com várias pessoas, barracas e construções atrás
Foto de Dorel Gnatiuc na Unsplash
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