Guia do Japão: Quando ir, o que fazer e onde ficar

Durante o entardecer, pagode com cerejeiras ao redor e monte Fuji no fundo
29/04/2025 Por Bárbara Rocha Alcantelado

Viajar para o Japão sempre esteve no topo da nossa lista — e quando finalmente fomos, entendemos por quê. 

A mistura do tradicional com o ultramoderno, o cuidado nos mínimos detalhes, a comida maravilhosa, o transporte que funciona — tudo impressiona.

Foi uma viagem que começou com muita expectativa (e um pouco de receio de não entender nada) e terminou com a gente completamente apaixonado pelo país.

Cada cidade trouxe uma surpresa, cada templo parecia saído de outro tempo, cada prato era uma descoberta nova.

É verdade que o Japão tem fama de caro, mas com um pouco de planejamento dá pra montar uma viagem equilibrada — seja de mochila nas costas, com mais conforto ou até focando em experiências culturais.

Neste guia, reunimos todas as dicas práticas pra você planejar sua viagem: como chegar, quando ir, como se locomover, onde ficar, o que fazer em cada cidade e como aproveitar o melhor do país sem perrengue.

Seja sua primeira vez na Ásia ou um sonho antigo, o Japão vale cada minuto. E a gente tá aqui pra te ajudar a montar o roteiro perfeito.

simbolo da bandeira shizuoka japao

Guia de viagem para o Japão

Durante o entardecer, ponte vermelha em meio a floresta com paredões de pedra, rio no meio e ao redor
O Japão é um país que mistura tradição e modernidade como poucos no mundo. De um lado, templos antigos, cerimônias do chá e gueixas; do outro, tecnologia de ponta, cidades vibrantes e um sistema de transporte impecável.

Posts sobre o Japão

O Japão é daqueles destinos que pedem planejamento — e isso não quer dizer complicação, mas sim organização. 

Pra ajudar, a gente reuniu aqui todos os nossos posts sobre o país: roteiros prontos, dicas de transporte, hospedagem, curiosidades e tudo o que descobrimos por lá.

É só escolher por onde começar e ir montando sua viagem no seu ritmo. Tá tudo separado por tema, pra facilitar a navegação.

Planejamento

Top 5 experiências imperdíveis no Japão

Em um dia de sol, brejo com reflexo do monte Fuji e mato ao redor
O Japão tem uma mistura única de tradição e modernidade, e isso se reflete nos seus pontos turísticos mais famosos. Conhecer o Monte Fuji, dormir em um ryokan e andar de trem bala são experiências imperdíveis.
  1. Ver o Monte Fuji de perto
    O Monte Fuji, símbolo mais famoso do Japão, aparece em cartões-postais, mas nada se compara a vê-lo ao vivo. Dá pra admirar de cidades como Hakone e Kawaguchiko — e, em dias claros, até do trem bala entre Tokyo e Kyoto.
  2. Dormir em um ryokan tradicional
    Passar a noite em um ryokan, hospedagem japonesa clássica é uma experiência por si só. Tatame, futon no chão, banho de ofurô e jantar kaiseki fazem parte do pacote. É uma forma de mergulhar na cultura local sem sair do quarto.
  3. Andar de trem bala (Shinkansen)
    O Trem bala do Japão é rápido, silencioso, pontual e super eficiente. O Shinkansen não é só um meio de transporte — é um dos jeitos mais gostosos de cruzar o país. E, com o JR Pass, dá pra usar sem gastar muito.
  4. Explorar templos e santuários em Kyoto
    Kyoto tem mais de 1.600 templos — e a gente não está exagerando. Alguns são mais turísticos (como o Fushimi Inari, com seus mil portões vermelhos), outros super tranquilos, escondidos no meio do verde. Dá pra passar dias só nisso.
  5. Provar comidas diferentes direto no balcão
    Nem tudo é sushi (e ainda bem). Comer no Japão é uma aventura: tem ramen servido fumegante no balcão, izakayas com cardápio só em japonês, conbinis com opções surpreendentes e mercados de peixe onde tudo é fresquíssimo.

Onde viajar no Japão

Em um dia de sol, rua do Japão com prédios coloridos ao redor, placas luminosas, carros e
Tokyo, Kyoto e Osaka: o trio que mostra o Japão do caos moderno à tradição milenar — com muita comida boa no caminho.

Destinos clássicos 

Tokyo 

Capital, metrópole e caos organizado — tudo ao mesmo tempo. Tokyo é o tipo de cidade que dá pra explorar por semanas sem cansar. 

Tem bairro agitado, templo silencioso, comida boa em cada esquina e muita coisa que parece ter saído de um filme de ficção.

Destaques: Shibuya, Akihabara, Asakusa, Shinjuku, Ueno e Odaiba.

É um ótimo ponto de partida pra entender como o Japão funciona — e se adaptar ao fuso também.

Kyoto 

O lado mais tradicional do Japão está aqui. Kyoto tem templos milenares, ruas de pedra, casas de chá, gueixas andando no fim da tarde e uma energia completamente diferente de Tokyo.

Destaques: Fushimi Inari, Arashiyama, Kinkaku-ji, Gion e Ninenzaka.

É uma parada essencial pra quem quer mergulhar na cultura japonesa.

Osaka 

Mais descontraída, vibrante e cheia de personalidade. Osaka é ótima pra comer bem (é conhecida como a capital gastronômica do Japão), fazer compras e curtir um lado mais descomplicado do país.

Destaques: Dotonbori, Osaka Castle, Kuromon Market e Shinsekai.

Combina super bem com Kyoto num mesmo roteiro.

Natureza e cultura além do óbvio

Estrutura de madeira laranja em lago com construções brancas, árvores ao redor e floresta atras
Torii flutuantes, vilas nas montanhas e templos à beira-mar — o Japão fora do óbvio é cheio de paisagens que parecem pintura.

Miyajima 

Miyajima é uma das ilhas mais lindas do Japão, famosa pelo torii “flutuante” do santuário Itsukushima. Dá pra fazer bate-volta a partir de Hiroshima, mas vale dormir por lá pra pegar a ilha mais vazia.

Tem trilha, cervos soltos, templos e um clima bem tranquilo.

Alpes Japoneses (Takayama, Shirakawa-go, Kanazawa) 

Os Alpes Japoneses tem cidades menores, com casinhas tradicionais, ruas preservadas e um ritmo bem diferente do que se vê nas grandes metrópoles. 

Shirakawa-go, por exemplo, é famosa pelas casas com telhado de palha em formato triangular — principalmente lindas no inverno.

Ideal pra quem quer conhecer o interior do Japão sem pressa.

Kamakura 

Outra opção de bate-volta, dessa vez saindo de Tokyo. Kamakura é uma cidade litorânea cheia de templos e santuários, incluindo o Grande Buda, que fica ao ar livre. 

Tem trilhas leves e praias nos arredores — ótimo pra dar uma pausa da correria da capital.

Takashima e o Lago Biwa

Pertinho de Kyoto, Takashima é uma cidadezinha à beira do Lago Biwa com clima tranquilo, trilha de cerejeiras, ruínas de castelo e o belíssimo torii flutuante do Shirahige Shrine. 

Lembra o visual de Miyajima, mas sem multidão. Vale ir de trem e fazer um bate-volta — ou dormir por lá pra explorar também a ilha de Chikubushima, no meio do lago.

Mais experiências imperdíveis no Japão

Cervo em campo gramado com árvores ao redor
Fuji, banho termal, cervos soltos, sushi no café da manhã e um passeio pela história — o Japão vai muito além dos cartões-postais.

Subir (ou ver) o Monte Fuji 

Durante a temporada oficial, entre julho e setembro, dá pra subir o Fuji por trilhas bem estruturadas — mas exige preparo. Se a ideia for só admirar, cidades como Kawaguchiko e Hakone são ótimas bases, e o visual, em dias claros, é surreal.

Relaxar em um onsen tradicional 

Nada como terminar o dia num banho de água termal com vista pra montanha. Os onsen estão espalhados pelo país — de cidades como Hakone e Beppu a vilarejos menores. Só atenção às regras: tatuagens às vezes não são permitidas (ou precisam ser cobertas).

Explorar Nara e alimentar os cervos soltos 

Nara é uma cidade famosa pelos mais de mil cervos que andam livremente pelos parques. Eles são considerados sagrados, e você pode até comprar biscoitinhos próprios pra alimentar. Além disso, Nara tem templos lindos, como o Todai-ji, com uma estátua gigante de Buda.

Passear pelos mercados de peixe de Tokyo 

O Toyosu é o novo mercado interno (e onde rolam os leilões de atum), mas o Tsukiji, com lojinhas e comida de rua, continua bombando. É um ótimo programa pra manhãs de jet lag — com sushi no café da manhã incluso.

Visitar Hiroshima e o Parque da Paz 

A cidade tem uma energia difícil de explicar. O Museu da Paz, o Domo da Bomba Atômica e os memoriais são emocionantes — e importantes pra entender a história recente do Japão. Dá pra combinar com Miyajima num roteiro de dois dias.

Cerejeita com lago do lado, construções, montanhas e árvores ao redor
Do rosa das sakuras ao branco da neve em Hokkaido. Do calor de Okinawa ao frio das montanhas de Nikko. O Japão é uma viagem em todas as estações.

Ver as cerejeiras floridas (sakura) 

A florada das cerejeiras é um espetáculo nacional. Acontece entre o fim de março e o começo de abril, variando conforme a região. Tokyo, Kyoto, Nara e Kanazawa são ótimos lugares pra ver, mas o país inteiro entra nesse clima.

Explorar Nikko e os arredores 

A duas horas de Tokyo, Nikko mistura natureza, templos grandiosos e clima de montanha. É um destino ótimo pra quem quer ver outono em tons vermelhos ou fugir um pouco da cidade grande.

Ver neve (ou esquiar) em Hokkaido 

No inverno, a ilha ao norte vira um paraíso branco. Sapporo, Furano e Niseko são famosos pelas estações de esqui e paisagens congeladas. Mesmo se você não esquiar, vale pela vibe, pela comida e pelos festivais de neve.

Fazer trilhas em parques nacionais 

O Japão tem dezenas de parques nacionais, muitos com trilhas bem sinalizadas, lagos, vulcões e onsen escondidos. Destaque pra Daisetsuzan (em Hokkaido), Yoshino-Kumano (no Kansai) e os arredores de Nikko e Hakone.

Castelo de Bitchu Matsuyama

O Castelo de Bitchu Matsuyama é um dos poucos castelos originais do Japão e o mais alto de todos, a 430 m de altitude. Em dias de névoa, parece flutuar acima das nuvens. A entrada custa ¥500 e o acesso exige uma subidinha (uns 30 minutos a pé). 

Fica em Bitchu-Takahashi, na província de Okayama — dá pra ir de trem JR e depois pegar um táxi até o início da trilha.

Okinawa e as ilhas do sul

Quer descansar no fim da viagem? Okinawa é a pedida. Clima tropical, mar azul, ilhas menores quase desertas e uma vibe bem diferente do resto do Japão. A ilha principal tem boa estrutura, mas o ideal é explorar os arredores — como Zamami ou Iriomote. 

Dá pra chegar de avião (desde Tokyo ou Osaka) e se locomover entre as ilhas de ferry.

Informações rápidas sobre o Japão

Templo com jardim ao redor, lago na frente e estruturas de cimento
A melhor época pra visitar o Japão é na primavera ou no outono, quando o clima está mais agradável. Apesar de não parecer é um destino super simplificado e tranquilo de visitar.
  • Melhor época pra ir: Primavera (março a maio) e outono (outubro e novembro). Verão é quente e úmido; inverno é frio e seco.
  • Precisa de visto? Não, para brasileiros em viagens de até 90 dias.
  • Vacinas obrigatórias? Nenhuma.
  • Moeda: Iene (JPY).
  • Idioma: Japonês. Em cidades grandes, dá pra se virar com inglês básico e app de tradução.
  • Tomada: Tipo A ou B (igual dos EUA). Voltagem: 100V.
  • Fuso horário: 12h à frente do Brasil. Prepare-se pro jet lag.

Quando ir para o Japão: clima, estações e melhor época para viajar

O Japão tem as quatro estações bem marcadas — com neve no norte, sakura na primavera e outono super colorido. 

O clima varia bastante de região pra região, mas dá pra visitar o país o ano todo. Aqui vai um resumo por estação:

Março a maio – Primavera (alta temporada)
A primavera no Japão é a época das cerejeiras floridas. As temperaturas são agradáveis, entre 10 e 20°C, e o país inteiro entra no clima do hanami. Pode ter multidões nos pontos mais famosos, então vale reservar com antecedência.

Junho a agosto – Verão e época das chuvas
O verão no Japão tem dias quentes e úmidos, com média de 30°C em Tokyo. Junho e julho são os meses mais chuvosos e marcam o início da temporada de tufões (que vai até outubro). Agosto tem menos chuva, mas ainda é abafado. Em compensação, é quando acontecem muitos festivais.

Setembro a novembro – Outono (meio de temporada)
O outono no Japão tem clima mais ameno, entre 12 e 20°C, com paisagens incríveis em tons de vermelho, laranja e amarelo. Boa época pra trilhas e parques. É quando o clima fica mais seco e confortável pra viajar.

Dezembro a fevereiro – Inverno (baixa temporada geral, alta nas montanhas)
O inverno no japão é frio, mas com dias ensolarados e pouca chuva. Tokyo raramente tem neve, mas Hokkaido e os Alpes Japoneses viram paraísos brancos — ótimos pra esquiar. Temperaturas entre 0 e 10°C no centro do país.

Qual a melhor época pra ir?

Depende do que você quer.

  • Pra ver cerejeiras: março e abril
  • Pra ver o outono: fim de outubro a novembro
  • Pra evitar multidões e calor: novembro e fevereiro
  • Pra esquiar: janeiro e fevereiro
  • Pra festivais de verão: julho e agosto (com calor e umidade!)

📌 Para saber mais sobre o clima, as estações e quando viajar, leia nosso post completo sobre a melhor época para visitar o Japão

Como chegar ao Japão

Avião no céu
Pra chegar ao Japão saindo do Brasil, sempre rola pelo menos uma conexão — nada de voo direto. As paradas mais comuns são Dubai, Doha, Europa ou EUA. (Foto de Lukas Souza na Unsplash)

Não há voos diretos do Brasil pro Japão, então é preciso fazer ao menos uma conexão. A viagem é longa, mas dá pra deixar mais tranquila escolhendo bem as rotas — e até aproveitando um stopover pelo caminho.

Principais rotas e conexões 

  • Do Brasil:
    Voos saem principalmente de São Paulo ou Rio, com conexões em Dubai, Doha, Frankfurt, Zurique, Istambul, Paris ou cidades dos EUA (como Dallas ou Nova York).
  • De Portugal:
    Saídas de Lisboa ou Porto, com escalas comuns em Frankfurt, Dubai, Doha, Londres, Paris ou Helsinque.
  • Da Ásia:
    Se estiver viajando pela Ásia, o Japão é super conectado com voos diretos partindo de Bangkok, Seul, Taipei, Hong Kong, Cingapura, entre outras.

Companhias aéreas mais usadas 

Preços médios das passagens 

  • Do Brasil: R$ 6.000 a R$ 12.000 (ida e volta). Promoções abaixo disso são raras, mas podem aparecer.
  • De Portugal: Entre €700 e €1.500, dependendo da época.

Dicas práticas

  • Visto de trânsito: Alguns países exigem visto só pra conexão (ex.: EUA e Canadá). Verifique com antecedência.
  • Stopover: Dubai, Doha, Istambul e Frankfurt são boas opções de parada pra descansar ou explorar entre os voos.
  • Jet lag: O Japão está 12h à frente do Brasil. Se puder, chegue à noite e evite dormir no avião nas últimas horas.

Aeroportos principais:

  • Tokyo – Narita (NRT) e Haneda (HND)
  • Osaka – Kansai (KIX)
  • Nagoya – Chubu Centrair (NGO)
  • Fukuoka (FUK) – ideal pro sul do Japão
  • Sapporo – New Chitose (CTS) – pra quem vai pra Hokkaido

Dicas de cultura e segurança no Japão

Pessoas com polícia no meio e carros na frente
O Japão é super seguro, golpes e furtos são raros, porém o cuidado nos trens lotados é essencial. O maior risco seriam os terremotos e tufões. Baixe um app de alerta e sempre cheque as saídas de emergência. (Foto de Adrien Bruneau na Unsplash)

É seguro viajar para o Japão? 

Sim — o Japão é um dos países mais seguros do mundo. Assaltos, furtos e golpes são raríssimos. Dá pra andar com o celular na mão, esquecer coisas em cafés e encontrar tudo no mesmo lugar horas depois.

Mulheres viajando sozinhas também costumam se sentir seguras. Mas vale ter atenção nos trens cheios: infelizmente, casos de assédio acontecem, principalmente nos horários de pico. Várias linhas têm vagões exclusivos para mulheres — é só procurar as sinalizações rosas na plataforma.

Scams? Quase inexistentes. O preço que tá na prateleira é o que vale, sem truques ou jeitinhos pra turista.

O maior risco por lá vem da natureza: o país tem terremotos e tufões com certa frequência. 

Nada que impeça de viajar, mas é bom ficar atento e baixar um app de alerta (como o Yurekuru Call). Ao chegar no hotel, repare onde ficam as saídas de emergência.

Se acontecer algum imprevisto:

  • Polícia: disque 110
  • Emergência médica e bombeiros: disque 119
  • Ajuda geral (em inglês): Japan Helpline – 0570-000-911
  • Embaixada do Brasil em Tokyo: ligue (03) 3404-5211

Drogas e leis locais

Porte de drogas é crime sério no Japão — mesmo maconha, em pequenas quantidades, pode dar prisão.

Beber na rua é permitido, mas com respeito. Em algumas regiões há restrições.

A idade mínima pra consumir álcool no Japão é 20 anos.

Não se entra calçado em casas, templos e alguns hotéis. Preste atenção aos sinais e siga o costume local.

Em trilhas e santuários, o clima é de respeito e silêncio. Evite barulho, música alta e lixo.

Seguro viagem

O sistema de saúde no Japão é excelente — mas pago. Uma consulta simples pode custar caro, e internações ainda mais. 

Por isso, seguro viagem não é luxo: é essencial. Além da parte médica, ele cobre cancelamentos, bagagem extraviada e outros perrengues que ninguém quer passar tão longe de casa.

Quais costumes e regras culturais preciso conhecer?

Gueixas andando pelas ruas com ponte na frente e árvores ao redor
No Japão, pontualidade é regra; tire os sapatos em templos e casas; evite barulho no transporte e respeite as filas, pra finalizar, nada de gorjeta. Por lá, um obrigadada vale mais que muitos ienes. (Foto de Andre Benz na Unsplash)
  • Pontualidade é regra: Chegar no horário (ou antes) é sinal de respeito. Isso vale pra passeios, reservas e até bate-papo marcado com alguém.
  • Sapatos pra fora: Em casas, templos, ryokans e até alguns restaurantes, é comum tirar os sapatos antes de entrar. Se vir uma entrada com tatame ou prateleira com chinelos, já sabe.
  • Evite barulho: Falar alto no transporte público ou em ambientes fechados é mal visto. Em trens e metrôs, o silêncio reina — até chamadas no celular são desencorajadas.
  • Fila existe e funciona: Em estações, elevadores, caixas, tudo segue uma ordem. Respeite e entre na fila certinha.
  • Nada de gorjeta: O serviço no Japão é excelente, mas gorjetas não fazem parte da cultura e podem até causar estranhamento.
  • Reverência (ojigi): A saudação tradicional é uma leve curvada com o corpo. Um gesto simples que mostra respeito.
  • Lixo? Leve com você: Lixeiras públicas são raras. A regra é guardar o lixo na mochila até achar onde jogar. E separe bem: reciclável, orgânico, latas…
  • Evite contato físico: Beijos, abraços e toques não são comuns em público. Um aceno ou curvada de cabeça resolve.

Quanto custa viajar para o Japão?

Caderninho com notas de iene no meio
Viajar pelo Japão pode ser barato ou luxuoso — tudo depende do estilo. Dá pra se virar bem com ¥15.000 por dia em modo econômico. (Foto de Cullen Cedric na Unsplash)

Viajar pelo Japão não é barato como o Sudeste Asiático, mas também não precisa ser um absurdo. Dá pra ajustar o orçamento ao seu estilo — de mochilão econômico até viagens com mais conforto (ou puro luxo).

Estimativas por estilo de viagem

Mochileiro (¥15.000/dia)
Ficar em hostel (dormitório), comer ramen ou donburi, usar JR Pass ou IC Card, visitar atrações gratuitas ou baratas e fazer passeios por conta própria.

Intermediário (¥26.000/dia)
Ficar em hotel 3 estrelas ou ryokan simples, comer fora com frequência (incluindo izakayas), ter JR Pass, fazer passeios guiados, museus e experiências culturais.

Luxo (¥75.000+/dia)
Hotéis top, refeições completas (kaiseki, sushi de alto nível), tours privados, transporte confortável e experiências personalizadas.

Preços médios por categoria

Hospedagem

  • Hostel (dormitório): ¥3.800 (até ¥6.800 em Tokyo)
  • Quarto privativo em hostel: ¥7.500
  • Hotéis econômicos: ¥7.600–11.000
  • Ryokan básico: a partir de ¥10.000
  • Camping: ¥1.000
  • Airbnb: cada vez mais limitado por regras locais

Alimentação

  • Ramen, curry, donburi: ¥600–800
  • Refeição em izakaya ou bentô: ¥1.500–3.000
  • Restaurantes tradicionais: ¥2.300–3.100
  • Comida de esteira (sushi train): ¥150–600 por prato
  • Lanche ou fast food: ¥750
  • Supermercado (semana): ¥7.000

Bebidas

  • Cerveja: ¥450–750
  • Sake: ¥925
  • Café com leite: ¥460
  • Água: ¥115

Transporte

  • JR Pass: a partir de ¥29.650 (7 dias)
  • IC Card (transporte urbano): recarregável, com desconto por trecho
  • Metrô em Tokyo: ¥170 a ¥320 por trecho
  • Táxi: caro, melhor evitar a não ser que seja necessário

Passeios e atividades

  • Templos e santuários: muitos são gratuitos ou custam até ¥500
  • Museu Ghibli: ¥1.000
  • TeamLab Planets: ¥3.800
  • Parque temático (ex.: Disney): ¥8.400+
  • Onsen: ¥800–1.500
  • Show cultural ou experiência com gueixa: ¥8.000–20.000

Dicas pra economizar no Japão

Rua do Japão com lojinhas na esquina, placas e carro do lado
O Japão pode ser bem mais barato do que parece. Use transporte público, coma em lojas de conveniência, aproveite atrações grátis e fique de olho nos descontos à noite no mercado. (Foto de Magic Mary na Unsplash)

O Japão tem fama de ser caro, mas dá pra gastar bem menos com alguns ajustes no roteiro. Abaixo vão estratégias que a gente usou (ou viu muita gente usando) pra economizar de verdade:

  • Aproveite atrações gratuitas: Templos, santuários, bairros históricos e parques estão espalhados por todo o país — e muitos são de graça. Dá pra curtir bastante sem gastar quase nada.
  • JR Pass ou ônibus? Se for viajar muito de trem bala, o JR Pass compensa (a partir de ¥29.650 por 7 dias). Mas se tiver tempo de sobra, os ônibus intermunicipais são bem mais baratos — só demoram mais.
  • Coma bem e barato: Ramen, curry e donburi são refeições completas por ¥600–1.200. As lojas de conveniência (7-Eleven, FamilyMart, Lawson) têm comidas prontas boas e acessíveis.
  • Cozinhe quando puder: Vários hostels no Japão têm cozinha equipada. Comprar no mercado e preparar o próprio jantar ajuda a equilibrar o orçamento.
  • Compre à noite no mercado: Depois das 20h, muitos mercados baixam os preços dos pratos prontos — às vezes com até 50% de desconto.
  • 100-yen shops: Essas lojinhas estão por todo lado e vendem de tudo: snacks, marmitas, itens de higiene, lembrancinhas… Vale muito a pena.
  • Couchsurfing ou voluntariado: Se quiser economizar com hospedagem e ter experiências locais, dá pra buscar opções como Couchsurfing ou troca de trabalho por acomodação.
  • Leve sua garrafinha: A água da torneira é potável. Dá pra economizar com água mineral e ainda ajudar o planeta.
  • Evite táxis: O transporte público é eficiente e cobre praticamente tudo. Táxi só em último caso.

Como se locomover no Japão

Trem vermelho em estação
O transporte no Japão é super eficiente: use metrô nas cidades, JR Pass pro trem-bala, ônibus pra economizar e voos internos pra distâncias longas. (Foto de Ricky LK na Unsplash)

O transporte no Japão é eficiente, pontual e bem conectado. Você pode se locomover de trem, metrô, ônibus, avião ou até carona — tudo depende do tempo e do orçamento.

Transporte público nas cidades

Tóquio, Kyoto, Osaka e outras grandes cidades têm redes de metrô e ônibus excelentes. Os bilhetes custam entre ¥150 e ¥300 por trecho. Dá pra comprar passes diários com uso ilimitado por cerca de ¥800–1.100.

Use o IC Card (tipo o Suica ou Pasmo) pra pagar direto na catraca e economizar.

Trem-bala e JR Pass

O Shinkansen é rápido, confortável e caríssimo se comprado avulso. Um trecho entre Tóquio e Osaka pode passar dos ¥14.000.

Pra viagens longas, o JR Pass vale muito a pena: permite uso ilimitado dos trens JR (inclusive o Shinkansen), alguns ônibus e até balsas. Os passes começam em:

  • ¥50.000 (7 dias)
  • ¥80.000 (14 dias)
  • ¥100.000 (21 dias)

Dica: o passe só pode ser comprado fora do Japão — então planeje com antecedência.

Use o app Navitime: Mostra rotas de trem, metrô, horários, conexões e até mapas offline. Uma mão na roda pra se locomover — especialmente em cidades grandes ou nos primeiros dias.

Ônibus de longa distância

Mais baratos que o trem, mas demoram mais. Uma viagem de Tóquio a Osaka, por exemplo, pode custar ¥3.700 e durar 10 horas.

Empresas populares: Willer Express, Japan Bus Lines, JR Bus, Kansai Bus. Também dá pra comprar passes de ônibus com viagens ilimitadas a partir de ¥11.800 (3 dias).

Voos internos

Voar pode sair pelo mesmo preço do trem-bala (ou até menos, se for promo). Os principais trechos (Tóquio–Osaka, Tóquio–Sapporo, etc.) têm tarifas entre ¥6.000 e ¥14.000.

Atenção para a página oculta da ANA com tarifas especiais pra estrangeiros.

Aluguel de carro

Não é necessário, mas pode valer a pena em regiões mais isoladas (tipo Hokkaido ou Okinawa). Diárias a partir de ¥7.000. Lembre que se dirige na mão inglesa.

Compare preços no Rentalcars.

Carona 

É seguro e comum entre os viajantes. Como os japoneses quase não pedem carona, você se destaca — e pode ter mais chance de conseguir. 

Atenção: nem todo mundo fala inglês, então tenha um tradutor offline à mão.

Você pode tentar pelo HitchWiki, grupos no Facebook e até na beira da estrada, com plaquinhas simpáticas.

Passagens, hospedagem e seguro viagem no Japão

Dicas extras para sua viagem

Paisagem de jardim com cerejeiras, árvores ao redor, templo no fundo e monte Fuji atrás
Algumas dicas finais: viajar de campervan é uma boa, mas atenção às regras de pernoite. Tenha internet no celular, compre o JR Pass antes da viagem, leve adaptador de tomada e use apps como Navitime e Google Translate. E claro — respeite os costumes locais.
  • Viaje de campervan: É a melhor forma de explorar o Japão com liberdade. Mas fique atento às regras de estacionamento — nem todo lugar permite pernoite.
  • Tenha um chip ou eSIM com internet: Facilita tudo — de checar horários de trem a traduzir cardápios. O Japão tem Wi-Fi público, mas nem sempre funciona bem.
  • Compre o JR Pass com antecedência: Ele só pode ser adquirido fora do Japão (ou por um valor mais alto lá dentro). Planeje e compre antes de embarcar.
  • Leve um adaptador de tomada tipo A/B: As tomadas no Japão são de dois pinos chatos (como nos EUA). A voltagem é 100V — a maioria dos eletrônicos funciona, mas vale conferir.
  • Use apps úteis:
    Navitime: pra rotas de trem e metrô
    Google Translate com câmera ativada: pra menus e placas
    Hyperdia: ajuda a planejar os trajetos de trem
  • Evite gafes culturais: Tire os sapatos em casas e templos, fale baixo nos transportes e não aponte com o dedo. Pequenos gestos fazem diferença.
  • Leve uma garrafinha de água: A água da torneira é potável e tem bebedouros em vários lugares — bom pro bolso e pro meio ambiente.

Perguntas frequentes 

Preciso falar japonês pra viajar pelo Japão?

Não! Na viagem pelo Japão, dá pra se virar bem com inglês básico, mímica e um bom tradutor no celular. Placas em cidades grandes costumam ter versão em inglês, e muita gente está acostumada com turistas.

É fácil usar transporte público no Japão?

Super. As redes de trem e metrô funcionam bem, são pontuais e cobrem o Japão todo. Nas cidades, use os cartões IC (tipo Suica ou Pasmo) pra facilitar. E pra viagens longas, o JR Pass pode compensar bastante.

É caro viajar pelo Japão?

Depende do estilo. Dá pra economizar com comida de konbini (lojinhas de conveniência), passes de transporte e hospedagem econômica. Com planejamento, a viagem pelo Japão pode sair mais em conta do que parece.

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