31/05/2025 Bárbara Rocha Alcantelado
Guia de viagem para Berlim
O que fazer em Berlim? A primeira dica é simples: esquece a ideia de cidade europeia fofinha.
Berlim não conquista na chegada — e é exatamente por isso que você vai acabar gostando dela.
Aqui, o charme não tá em arquitetura clássica ou cartões-postais perfeitos. Tá na mistura de história pesada, arte de rua, vida noturna infinita e aquele clima de “faça do seu jeito”.
Sim, você vai passar pelo Portão de Brandemburgo, pelo Muro de Berlim e pelo Memorial do Holocausto — é o básico.
Mas o que realmente fica na memória é andar sem rumo por Kreuzberg, achar um café descolado em Prenzlauer Berg ou descobrir que a festa que começou no sábado só termina quando você desistir.
A cidade é grande, mas o transporte público resolve sua vida. Dá pra cruzar Berlim de U-Bahn ou S-Bahn sem drama e sem gastar rios de dinheiro.
Comparada com outras capitais europeias, Berlim é até amiga do bolso — desde que você fuja dos menus turísticos e saiba onde beber aquela cerveja barata.
No inverno, prepare o casaco (sério). No verão, a cidade se abre em parques e bares ao ar livre. Primavera e outono são perfeitos pra quem quer clima bom e menos turistas perdidos na Alexanderplatz.
Neste guia de viagem para Berlim, você vai descobrir quando ir, o que fazer além do básico, onde comer e beber bem — e como curtir uma das cidades mais autênticas da Europa sem cair nas armadilhas de quem não entendeu o espírito berlinese.
Posts sobre Berlim
Informações rápidas sobre Berlim
- Melhor época para visitar: Maio a setembro, com clima agradável, muita coisa acontecendo ao ar livre e aquela vibe de cidade viva. No inverno, o frio é intenso, mas os mercados de Natal salvam a experiência.
- Brasileiros precisam de visto: Não, até 90 dias com passaporte válido
- Moeda: Euro (€). Cartão é aceito em muitos lugares, mas cash ainda reina em bares, mercadinhos e restaurantes mais alternativos. Tenha sempre uns euros no bolso.
- Idioma: Alemão, mas Berlim é tão internacional que o inglês resolve quase tudo — às vezes até mais fácil do que em outras cidades alemãs.
- Tomada: Tipo C e F, voltagem 230V.
- Fuso horário: GMT+1 (5 horas à frente de Brasília).
- Habitantes: Cerca de 3,7 milhões — com espaço de sobra, porque Berlim é gigante e espalhada.
- Transporte público: Rede eficiente de metrô (U-Bahn), trem (S-Bahn), ônibus e bondes. Compre o bilhete diário ou use o Berlin WelcomeCard pra economizar.
- Gorjeta: Não é obrigatória, mas arredondar ou deixar cerca de 5% a 10% é educado.
- Lojas e horários: Comércio tradicional fecha às 20h e quase tudo fecha aos domingos (menos bares e a vida noturna, claro).
- Principais atrações em Berlim: Portão de Brandemburgo, Muro de Berlim (East Side Gallery), Reichstag, Memorial do Holocausto, Ilha dos Museus, Alexanderplatz, Checkpoint Charlie, além dos bairros descolados como Kreuzberg e Prenzlauer Berg.
O que fazer em Berlim: 12 experiências que realmente valem a pena
- Visitar o Portão de Brandemburgo — começo (ou fim) de qualquer roteiro
Não tem como escapar desse símbolo da cidade. Vai render foto, mas também é um bom ponto de partida pra explorar o centro histórico. - Andar pela East Side Gallery — arte no que sobrou do Muro
O trecho mais famoso do Muro de Berlim virou galeria a céu aberto. Dá pra refletir sobre a história e ainda garantir umas fotos estilosas. - Explorar a Ilha dos Museus — nem que seja um só
Se você gosta de museu, reserve um dia. Se não gosta tanto, escolha pelo menos o Pergamon ou o Neues Museum. O lugar por si só já impressiona. - Subir no Reichstag — com vista e aula de história
O parlamento alemão tem uma cúpula de vidro com vista panorâmica. Entrada é gratuita, mas precisa agendar. Vale cada passo da subida. - Passear pelo Tiergarten — o pulmão verde de Berlim
Perfeito pra dar uma pausa no meio da correria turística. Leve uma cerveja, sente na grama e observe os berlinenses no modo “relax”. - Conhecer o Memorial do Holocausto — sem pressa e com respeito
O campo de blocos de concreto é impactante. Caminhe entre eles e, se puder, visite o centro de informações subterrâneo. - Se perder em Kreuzberg — o lado alternativo da cidade
Grafites, bares descolados, comida de rua e aquela vibe multicultural. É Berlim fora do roteiro “cartão-postal”. - Visitar o Checkpoint Charlie — só pra dizer que foi
É turístico demais? Sim. Mas já que você vai passar por perto, dá uma olhada rápida nesse antigo posto de fronteira da Guerra Fria. - Curtiu um dia de sol no Tempelhofer Feld — o aeroporto que virou parque
Pista de avião virou pista de bike, skate, piquenique e até churrasco. Berlim sendo Berlim. - Descobrir bares escondidos e biergartens
Berlim é mestre em esconder bar bom em lugares improváveis. Procure por biergartens em parques ou pátios internos — a cerveja é barata e o clima, imbatível. - Fazer um bate-volta pra Potsdam — palácios e jardins de conto de fadas
Se tiver um dia extra, vale conhecer o Palácio Sanssouci e suas imediações. Rápido de chegar e bem diferente da Berlim urbana.
Provar o currywurst ou um döner kebab
Não vá embora sem comer pelo menos um desses clássicos de rua. Spoiler: o kebab de Berlim é quase patrimônio cultural.
👉 Quer mais ideias de passeios, museus alternativos e lugares pra curtir a noite? Dá uma olhada no nosso post completo sobre o que fazer em Berlim e monte seu roteiro entre um Muro e outro.
Onde ficar em Berlim: melhores bairros e hotéis bem localizados
Procurando onde se hospedar em Berlim com boa localização e acesso fácil às atrações (sem cair em cilada turística)?
Aqui estão os bairros mais práticos pra explorar a cidade sem complicação:
- Mitte: Coração histórico, perto do Portão de Brandemburgo, Ilha dos Museus e Alexanderplatz. Ideal pra quem quer estar no centro de tudo.
- Prenzlauer Berg: Descolado e tranquilo, cheio de cafés, lojas e charme. Ótimo pra quem busca vibe hipster-chique.
- Friedrichshain: Jovem e alternativo, com bares, festas e a famosa East Side Gallery. Perfeito pra quem gosta de agito e preços mais baixos.
- Charlottenburg: Elegante, com lojas, museus e o Palácio de Charlottenburg. Ideal pra quem prefere um ambiente mais sofisticado e calmo.
Sem tempo? Aqui vão 5 hotéis em Berlim bem localizados e confiáveis:
5 hotéis bem localizados em Berlim, testados e aprovados:
- Hotel Adlon Kempinski – Mitte: Luxo clássico ao lado do Portão de Brandemburgo. Imbatível pra quem busca elegância.
- Myer’s Hotel – Prenzlauer Berg: Boutique charmoso, perfeito pra quem quer tranquilidade e estilo.
- nhow Berlin – Friedrichshain: Moderno, colorido e às margens do rio Spree. Ideal pra quem curte música e design.
- Hotel am Steinplatz – Charlottenburg: Sofisticação discreta, com fácil acesso às atrações culturais.
- Motel One Berlin-Alexanderplatz – Mitte: Confortável, bem localizado e com ótimo custo-benefício no coração da cidade.
👉 Quer mais? Confira nosso post completo com dicas certeiras de onde se hospedar em Berlim!
Como chegar a Berlim do Brasil?
Se Berlim está nos seus planos, já adianto: você não vai escapar de uma conexão básica.
Não existem voos diretos do Brasil para a capital alemã, então é hora de aceitar que sua viagem vai ter uma paradinha estratégica (ou duas, se você for aquele caçador de promoções radicais).
Voos com conexão
Sem voos diretos, o jeito é embarcar com uma paradinha estratégica. As principais opções saindo do Brasil são:
- TAP Air Portugal (via Lisboa ou Porto — sempre amiga das promoções)
- Air France (via Paris)
- Iberia (via Madri)
- KLM (via Amsterdã)
- Lufthansa (via Frankfurt ou Munique — clássico alemão)
- Swiss (via Zurique)
- Avianca e Copa Airlines (pra quem quer um passeio pelas Américas antes)
Dica: Evite conexões pelos EUA, a menos que você tenha um visto americano sobrando e muita paciência.
Tempo total de viagem: De 14 a 26 horas, dependendo da conexão e do quanto você quis economizar achando que “duas escalas não é tão ruim assim”.
Aeroporto de Berlim (BER)
O Aeroporto Berlim-Brandemburgo (BER) fica a 27 km do centro. Moderno, funcional e, felizmente, bem conectado com a cidade. Só não espere glamour — é Alemanha, tudo funciona, mas sem firulas.
Como sair do aeroporto
- FEX (Airport Express): Em cerca de 30 minutos você chega à estação central (Hauptbahnhof). Rápido e eficiente.
- S-Bahn (S9 e S45): Outra opção prática, com mais paradas.
- Ônibus expressos (X7, X71, BER2): Mais baratos, mas levam mais tempo.
- Táxi/Uber: Confortáveis, claro, mas prepare cerca de €40-50 até o centro.
Use o Google Maps pra ver qual transporte encaixa melhor no seu roteiro — ele funciona direitinho por lá.
Já está na Europa? Aí é fácil
Low cost
Companhias como EasyJet e Ryanair adoram te vender passagens por preços ridículos — às vezes menos que o valor de um schnitzel em Berlim.
Trem
A Deutsche Bahn (DB) cobre praticamente toda a Europa. Compre com antecedência e economize.
- Frankfurt – 4h
- Munique – 6h
- Amsterdã – 6h
- Praga – 4h30
- Paris – a partir de 8h30
- Viena – 9h
Ônibus
Se o orçamento apertou, a FlixBus é aquela solução econômica. Só esteja preparado pra longas horas de estrada.
Carro
Ótimo pra explorar a Alemanha e suas autobahns sem limite de velocidade. Mas dentro de Berlim? Deixe o carro parado e use o transporte público — ou você vai gastar mais tempo procurando vaga do que visitando o Portão de Brandemburgo.
Quando ir a Berlim?
A melhor época pra visitar Berlim é entre maio e setembro. Clima agradável (18°C a 25°C), parques cheios, cafés nas calçadas e a cidade funcionando no modo “cultural e cool”. Perfeito pra quem quer explorar a pé, curtir festivais e fingir que virou berlinense por uma semana.
O verão (julho e agosto) é o auge da animação, mas também do calor — que pode passar dos 30°C e lembrar que ar-condicionado não é prioridade por lá. Em compensação, os dias são longos e a vibe é de cidade que nunca dorme (ou pelo menos troca o sono por festas).
O inverno (dezembro a fevereiro) é pra quem não teme o frio (-5°C a 5°C) e quer ver uma Berlim mais cinza, mas cheia de mercados de Natal e museus vazios. Bom pra quem prefere cultura a céu fechado.
Primavera e outono (abril, maio, outubro) são apostas seguras pra quem quer evitar extremos, com temperaturas entre 10°C e 18°C e menos turistas.
Quando ir para Berlim: estações, clima e experiência
| Estação | Meses | Clima | Experiência Geral |
|---|---|---|---|
| Primavera/Outono (Meia Temporada) | Abril, Maio, Outubro | 🌤️ 10 °C a 18 °C. Clima ameno, menos turistas e ótima pra passeios ao ar livre. | ⭐⭐⭐⭐⭐ |
| Verão (Alta Temporada) | Junho a Setembro | ☀️ 18 °C a 30 °C. Dias longos, festivais e muita vida nas ruas — mas pode fazer calor. | ⭐⭐⭐⭐ |
| Inverno (Baixa Temporada) | Dezembro a Fevereiro | ☁️❄️ -5 °C a 5 °C. Frio intenso, boa pra mercados de Natal e museus. | ⭐⭐⭐ |
Passagens, hospedagem e seguro viagem
- Passagens aéreas – Melhores tarifas no Passagens Promo
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- Hotéis – Confira no Booking
- Casas de temporada – Veja opções no Booking
- Aluguel de carro – Reserve com a RentCars
- Transfers e passeios – Confira as opções:
Dicas extras para sua viagem para Berlim
- Cash é rei, sim senhor: Berlim é a cidade mais “hipster analógica” da Europa Ocidental. Muitos lugares não aceitam cartão, tipo que nem o tempo da máquina de escrever. Traga euros em espécie.
- Transporte público é vida: Trens (S-Bahn), metrôs (U-Bahn), ônibus e bondes funcionam lindamente… desde que você compre o bilhete certo e valide. Se não, vai virar estatística de multa para turistas idiotas.
- Berlim é casual no limite da vibe “fiz a barba semana passada”: Berlimenses não ligam para aparência super arrumadinha. Então esquece salto, camisa de botão e look de gala: o estilo é tênis, jaqueta e cara de quem tá indo hackear um governo.
- Domine o básico de alemão (ou finja muito bem): Em áreas turísticas rola inglês, mas um “Hallo”, “Tschüss” e “Danke” já poupam seu karma.
- Comida de rua? SIM, com ketchup extra: Currywurst, kebab, pretzels gigantes, tudo autorizado. Só cuidado: a gordura aqui é camuflada pela vibe “comida conceito”.
Apps que vão salvar sua vida em Berlim
- BVG Fahrinfo: O app oficial do transporte público de Berlim. Planeja viagens, compra tickets, te salva de multas, impede você de parecer um alien.
- DB Navigator: App da Deutsche Bahn (os trens). Se vai fazer bate-volta pra Potsdam ou Dresden, é aqui que você compra passagem sem chorar no balcão.
- Wolt: Para pedir comida na porta do seu Airbnb enquanto você finje que vai “sair pra explorar depois”.
- Too Good To Go: App pra comprar comida “sobrando” de restaurantes a preço ridiculamente baixo. Pra quando você gastou toda grana nos bares underground.
