23/05/2025 Por Bárbara Rocha Alcantelado
A África do Sul entrou no nosso roteiro no improviso — voltando da Ásia, decidimos quebrar a viagem. Foram 15 dias de safári, vinhedos, praia, cidade grande e um bocado de história.
Se você tá pensando em viajar pra lá, algumas dúvidas são inevitáveis:
Joanesburgo vale a pena? Vale. Muita gente só passa pela conexão, mas o Museu do Apartheid, Soweto e o bairro de Maboneng mostram um lado vivo e importante do país.
Cidade do Cabo é tudo isso? É. A Table Mountain domina o cenário, as praias são lindas e os vinhedos de Stellenbosch e Franschhoek garantem bons dias entre taças e paisagens.
É seguro viajar para a África do Sul? Com atenção, sim. Evite áreas isoladas e fique de olho nas grandes cidades. Nada que estrague a viagem com o mínimo de bom senso.
O safári vale a experiência? Sem dúvida. Fomos ao Pilanesberg, perto de Joanesburgo, e ver elefantes e leões de perto muda qualquer expectativa. O Kruger Park é a opção mais famosa e estruturada.
Neste guia de viagem para a África do Sul, tem tudo o que você precisa pra montar seu roteiro: de safáris a vinícolas, passando por história, natureza e aquelas paisagens que ficam na memória — sem perrengue e no seu ritmo.
Guia de viagem para África do Sul
Posts sobre a África do Sul
- O que fazer na África do Sul: 25 lugares incríveis pra conhecer
- O que fazer em Joanesburgo: 15 atrações que você não pode perder
- Joanesburgo é perigoso? Dicas práticas pra viajar com segurança
- Comidas típicas da África do Sul: 13 pratos que você precisa provar
- Praias na África do Sul: as mais paradisíacas pra colocar no roteiro
- Curiosidades sobre a África do Sul: 19 fatos surpreendentes
Viajar para a África: 10 mitos e verdades que você precisa saber
Informações rápidas sobre a África do Sul
- Melhor época para visitar: De maio a setembro é ideal para safáris, com clima seco e animais mais visíveis. De novembro a março é verão, bom pra praias e vinícolas. Outono e primavera funcionam bem pra quem quer variar os tipos de destino.
- Brasileiros precisam de visto? Não. Brasileiros podem entrar na África do Sul sem visto por até 90 dias para turismo. É necessário ter passaporte válido por pelo menos 30 dias após a data de saída do país.
- Moeda: Rand sul-africano (ZAR). Cartões são amplamente aceitos nas grandes cidades, mas é bom ter dinheiro vivo em áreas menos urbanas. Caixas eletrônicos são fáceis de encontrar.
- Idioma: O país tem 11 idiomas oficiais, mas o inglês é amplamente usado no turismo e nos serviços em geral. Dá pra se virar bem com inglês básico.
- Tomada: Padrão sul-africano (tipo M), 230V. Esse tipo de tomada é diferente do padrão europeu ou americano — adaptadores são necessários e nem sempre fáceis de achar fora do país.
- Fuso horário: 5 horas à frente do horário de Brasília (GMT+2). A África do Sul não adota horário de verão.
O que fazer na África do Sul
5 melhores experiências na África do Sul (com safári, paisagem e história na medida)
- Safári no Kruger ou Pilanesberg
O Kruger National Park é o clássico: enorme, estruturado e com alta chance de ver os Big Five. Se quiser algo mais rápido e prático, o Pilanesberg fica a poucas horas de Joanesburgo e também entrega um bom safári, sem precisar de voo. - Subir a Table Mountain e explorar a Cidade do Cabo
Trilha ou bondinho até o topo da Table Mountain pra ter a vista mais icônica do país. Depois, vale ver os pinguins em Boulders Beach, o Cabo da Boa Esperança e fechar o dia em Camps Bay. Se sobrar tempo, as vinícolas de Stellenbosch estão logo ali. - Dirigir pela Garden Route
Road trip cênica entre Mossel Bay e Storms River, com praias, florestas e trilhas no Tsitsikamma National Park. Paradas obrigatórias em Knysna e Plettenberg Bay. Se for corajoso, encare o bungee jump da Bloukrans Bridge. - Descobrir a história em Joanesburgo e Soweto
O Museu do Apartheid e o tour por Soweto (incluindo a casa de Mandela) mostram o lado mais real e impactante da África do Sul. Depois, explore o bairro de Maboneng pra arte urbana e bons cafés. - Ver baleias em Hermanus ou flores em Namaqualand
Entre junho e novembro, Hermanus é palco de um dos melhores avistamentos de baleias do mundo, muitas vezes direto da costa. Já em agosto e setembro, Namaqualand vira um tapete de flores — cenário único que dura poucas semanas.
Lugares para incluir no seu roteiro pela África do Sul além do básico
Drakensberg
A cordilheira Drakensberg é um prato cheio pra quem gosta de trekking e paisagens dramáticas. No Royal Natal National Park, o Amphitheatre impressiona com seu paredão de rocha e quedas d’água. Dá pra fazer trilhas leves ou encarar caminhadas mais puxadas. Reserve pelo menos 2 ou 3 dias pra aproveitar a natureza sem pressa.
Sani Pass
O Sani Pass é uma estrada de montanha sinuosa que liga a África do Sul ao Lesoto. O trajeto só pode ser feito de 4×4 ou em tour guiado, mas o visual compensa cada curva. No topo, você encontra o pub mais alto da África, perfeito pra brindar a aventura. Dá pra fazer bate-volta a partir de Underberg, mas prepara a câmera.
Cederberg Mountains
Mais afastada das rotas tradicionais, a região das Cederberg Mountains oferece trilhas em meio a formações rochosas impressionantes e pinturas rupestres milenares. Ideal pra quem busca um lado mais rústico e silencioso da África do Sul, com paisagens secas e céu estrelado.
Addo Elephant Park
Localizado perto de Port Elizabeth, o Addo Elephant Park é uma ótima alternativa ao Kruger. Menor e mais tranquilo, é famoso pela enorme população de elefantes — além de zebras, búfalos e antílopes. O parque pode ser explorado com carro próprio, o que ajuda a economizar.
Experiências sazonais na África do Sul
Hermanus
Pequena cidade litorânea famosa pela observação de baleias entre junho e novembro. Dá pra ver da costa ou fazer passeio de barco. Também é uma boa base pra explorar vinícolas menos turísticas da região de Hemel-en-Aarde.
Namaqualand (agosto a setembro)
Durante a primavera, essa região do norte do país se transforma num campo colorido de flores selvagens — algo que só acontece por algumas semanas no ano. É preciso sorte com o tempo, mas se encaixar no seu roteiro, vale muito.
Como chegar à África do Sul?
A maneira mais prática de chegar à África do Sul é de avião, com voos diretos ou com escalas saindo do Brasil.
De São Paulo (Guarulhos), há voos diretos para Joanesburgo com a LATAM e a South African Airways. Em algumas épocas do ano, a SAA também oferece voos diretos para a Cidade do Cabo.
Quem prefere economizar (ou adicionar um destino extra), pode optar pela TAAG, com escala em Luanda. Outras rotas populares passam por cidades da Europa, como Londres, Amsterdã ou Frankfurt.
Esses voos para a África do Sul costumam ser mais longos, mas às vezes compensam no preço — ou viram desculpa pra um roteiro estendido.
Brasileiros não precisam de visto para turismo na África do Sul em viagens de até 90 dias.
É obrigatório ter o passaporte válido, com pelo menos um mês após a data de saída e duas páginas em branco.
Outro item indispensável: o Certificado Internacional de Vacinação contra febre amarela. Sem ele, você nem chega a sentar no avião.
Quando ir para a África do Sul: melhor época para viajar
A melhor época para visitar a África do Sul depende do seu roteiro. O país é grande, com climas diferentes em cada região.
Para explorar cidades como Cidade do Cabo, Joanesburgo e fazer a Garden Route, o ideal é viajar entre novembro e março. É verão, com dias longos, sol forte e temperaturas entre 25 °C e 35 °C — perfeito pra praia, vinícolas e passeios ao ar livre.
Se o foco é fazer safári na África do Sul, especialmente no Parque Nacional Kruger, prefira os meses de maio a setembro. O inverno traz clima seco, céu limpo e facilita avistar os animais. De dia é agradável, à noite faz frio.
Abril e outubro são ótimos meses intermediários: clima ameno, menos turistas e preços mais baixos.
Resumo rápido:
- Verão (novembro a março): cidade, praia e vinhos.
- Inverno (maio a setembro): safári e natureza no auge.
- Abril e outubro: melhor custo-benefício e clima equilibrado.
Como se locomover pela África do Sul
Valores em rands sul-africanos (ZAR), com equivalência aproximada em dólar americano (1 USD ≈ 18,50 ZAR)
Transporte público na África do Sul nem sempre é seguro, especialmente em Joanesburgo e Pretória. Evite ônibus e vans locais.
As exceções confiáveis:
- MyCiTi (Cidade do Cabo): 7 a 13 ZAR (USD 0,40–0,70)
- People Mover (Durban): 6 ZAR (USD 0,30) ou 16,50 ZAR (USD 0,90) o passe diário
Táxis só se for por app ou telefone. Média de 12 ZAR/km (USD 0,65) e corrida mínima de 30 ZAR (USD 1,60).
Uber na África do Sul funciona bem e é a opção mais segura nas cidades.
Ônibus entre cidades
Ótimo custo-benefício pra longas distâncias:
- Cape Town → Joanesburgo (18h): 380 a 600 ZAR (USD 20–32)
- Durban → Pretória (8h30): 225 ZAR (USD 12)
Empresas: Intercape, City to City, Translux.
Trem
Mais confortável que ônibus:
Joanesburgo → Cape Town (noturno com leito): 750 ZAR (USD 40) | Operado pela Shosholoza Meyl.
Quer luxo? O Blue Train liga Pretória a Cidade do Cabo com serviço premium — 38.000 ZAR (USD 2.050) por pessoa.
Voos domésticos
Rápidos e baratos:
- Cape Town → Joanesburgo: 750 ZAR (USD 40)
- Cape Town → Durban: 1.000 ZAR (USD 54)
- Pretória → Durban: 600 ZAR (USD 32)
Aluguel de carro
Boa opção para explorar fora das cidades.
- Média: 500 ZAR por dia (USD 27)
É necessário seguro, CNH em inglês (ou tradução) e uma cópia do passaporte no carro.
Empresas como Around About Cars, Avis, Budget, Hertz, entre outras.
Carona
Simples: não faça. Não é seguro na África do Sul.
Quanto custa viajar para a África do Sul?
Viajar pela África do Sul pode ser mais barato do que muitos imaginam. O país oferece boa estrutura turística, natureza de graça e preços acessíveis fora dos passeios de safári e aventura.
- Mochileiro (~850 ZAR | ~USD 46): Hostel, cozinhar, transporte público e focar em trilhas, praias e museus gratuitos.
- Intermediário (~1.900 ZAR | ~USD 103): Airbnb ou quarto privativo, restaurantes locais, transporte variado e passeios como safári básico ou aula de surfe.
- Viagem confortável (~3.600 ZAR | ~USD 195): Hotel, aluguel de carro, safáris premium, tours guiados e refeições completas.
Custos médios por categoria:
Hospedagem:
- Cama em hostel: 175–300 ZAR (USD 9–16)
- Quarto privativo: 480–935 ZAR (USD 26–51)
- Hotel econômico: 850–1.200 ZAR (USD 46–65)
- Quarto Airbnb: 300–600 ZAR (USD 16–32)
- Apartamento Airbnb: 700–900 ZAR (USD 38–49)
- Camping: 100–400 ZAR (USD 5–22)
Comida:
- Café ou restaurante simples: 100–150 ZAR (USD 5–8)
- Restaurante completo: 120–320 ZAR (USD 6,50–17)
- Take-away/local simples: 65–160 ZAR (USD 3,50–8,50)
- Fast food: 60–85 ZAR (USD 3–4,60)
- Cerveja: 30–35 ZAR (USD 1,60–1,90)
- Taça de vinho: 45–60 ZAR (USD 2,40–3,25)
- Cappuccino: 25 ZAR (USD 1,35)
- Água mineral: 11 ZAR (USD 0,60)
- Mercado (semana): 400–550 ZAR (USD 22–30)
Dicas para economizar na África do Sul
- Acampe em hostels: Muitos oferecem espaço pra barraca com acesso à cozinha e áreas comuns.
- Trabalhe por hospedagem: Plataformas de WWOOFing são populares no país.
- Use o trem noturno: O Shosholoza Meyl conecta cidades grandes e vira uma noite de hospedagem econômica.
- Alugue carro: Dá liberdade e, em grupo, sai mais barato que tours.
- Aproveite os bares dos hostels: Bebidas mais baratas e clima social.
- Cozinhe: Supermercados como Pick n’ Pay e Checkers ajudam a cortar custos com alimentação.
Dicas de cultura e segurança na África do Sul
É seguro viajar para a África do Sul?
Sim, mas com atenção. A África do Sul tem fama de perigosa, especialmente nas grandes cidades como Joanesburgo e Cidade do Cabo.
A criminalidade existe, mas tomando cuidados básicos dá pra viajar tranquilo. Evite áreas isoladas, principalmente à noite, e use transporte confiável (Uber é a melhor opção urbana).
Há furtos e assaltos na África do Sul?
Infelizmente, sim — principalmente em zonas turísticas e centros urbanos. Assaltos podem ocorrer, mas são evitáveis com postura discreta e atenção. Em cidades menores e áreas turísticas como vinícolas e parques nacionais, o clima é bem mais seguro.
Dicas de segurança na África do Sul:
- Use Uber em vez de transporte público ou táxi comum.
- Evite andar com celular ou câmera na mão em áreas movimentadas.
- Não caminhe sozinho à noite, mesmo em bairros turísticos.
- Deixe o passaporte e objetos de valor no cofre do hotel sempre que possível.
- Prefira sacar dinheiro em shoppings ou locais com segurança.
Quais golpes são comuns na África do Sul e como evitar?
- Táxis não oficiais: Sempre use apps ou peça indicação do hotel.
- Cartões clonados: Prefira pagar em dinheiro em estabelecimentos menores ou sempre peça pra passar o cartão na sua frente.
- Abordagens insistentes: Vendedores de rua ou “guias” que oferecem ajuda podem tentar cobrar depois. Recuse educadamente e siga andando.
Viajar pela África do Sul com segurança é possível — basta estar atento e não vacilar com coisas básicas. O país compensa qualquer precaução com paisagens e experiências únicas.
Drogas e leis locais na África do Sul
O porte e uso de maconha para consumo pessoal foi descriminalizado na África do Sul, mas só é permitido em espaços privados. Fumar em público continua sendo ilegal e pode gerar multa ou até detenção. A posse de outras drogas é crime e a legislação é rígida — não vacile com isso.
Respeite também regras básicas, como não beber em vias públicas fora das áreas permitidas e evitar dirigir após consumir álcool (a fiscalização é séria e o limite é baixo).
Seguro viagem para a África do Sul
Viajar pela África do Sul sem seguro é pedir pra testar a sorte. Hospitais privados são bons, mas caros. Além de saúde, o seguro viagem cobre furtos, cancelamentos e problemas comuns em viagens longas ou com conexão. Não é frescura — é garantia de não transformar perrengue em prejuízo.
Costumes e regras culturais na África do Sul
A África do Sul é um país diverso, com 11 línguas oficiais e muitas culturas convivendo. Respeito e bom senso já resolvem 90% das situações, mas vale lembrar:
- Cumprimente com educação: Um simples “How are you?” faz parte do básico. As pessoas valorizam cordialidade.
- Cuidado ao falar de política ou segurança: São temas sensíveis, especialmente sobre o passado do apartheid. Melhor ouvir do que opinar sem contexto.
- Gorjeta é parte da cultura: Em restaurantes, espere deixar 10% a 15%. Motoristas e guias também costumam receber gorjeta.
- Roupas: Nas cidades, vale tudo. Mas em áreas rurais ou comunidades tradicionais, prefira roupas discretas — especialmente ao visitar igrejas ou vilarejos.
- Negociação: Em mercados de rua, pode barganhar, sim. Mas com respeito — não é ofensiva, é parte do jogo.
Resumindo: na dúvida, observe primeiro. A diversidade cultural da África do Sul é parte do charme, mas também pede atenção pra não pagar mico desnecessário.
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Ficou com dúvida? Pode perguntar nos comentários. Respondo o que sei — e o que não souber, corro atrás.
Veja também:
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